Principal líder na reação do Vila Nova que permitiu a permanência na Série B do Campeonato Brasileiro, o atacante Roni ainda não foi procurado para renovar o contrato visando a próxima temporada. Ele revelou, em entrevista à RÁDIO 730, durante o programa Debates Esportivos deste sábado (11), que tem a intenção de permanecer e que essa decisão pode influenciar outros atletas. “Vários jogadores me ligaram perguntado se eu tinha renovado e dizendo que eles ficam se eu ficar”, informou.

No entanto, a permanência do jogador esbarra em um problema. O ex-diretor de futebol Jair Rabelo pode voltar ao clube e já está negociando – com o aval do presidente Geso de Oliveira – a renovação de contrato de alguns atletas. Roni já decretou que não trabalha com o dirigente.

“Em toda a minha carreira nunca fiz nada contra diretoria ou jogador. Infelizmente, alguns amigos meus, de confiança, me falaram que ele estava dizendo que se voltasse, eu e o Max seríamos os dois primeiros a sair”, relatou o atacante, que foi artilheiro do colorado na Série B, com 15 gols.

“Ele teria dito até que eu era o ‘câncer’ do Vila Nova. Isso me magoou e me machucou. Se ele vier para o Vila Nova, ninguém precisa me ligar, que eu não jogo mais no time”, prometeu.

Na avaliação de Roni, a presença do diretor deixa o ambiente ‘muito pesado’. “O tratamento que ele tem atrapalha um pouco o profissional Jair Rabelo. Como pessoa eu não conheço, não tenho amizade e não trabalho mais com ele. Pode ser no Vila, no Flamengo Corinthians ou na Anapolina”, decretou.

Sem problema

Contradizendo o jogador, também em entrevista à RÁDIO 730, mais cedo, durante a Hora do Esporte, Jair Rabelo negou que tenha tido problemas com Roni e chegou a se ‘exaltar’ a tratar do assunto. Jair assegurou que sempre consultava o atacante nas decisões que ia tomar.

O cartola confirmou que está tratando da renovação de contrato de alguns atletas que foram trazidos por ele e citou o lateral Jorge Henrique, o zagueiro Éder Lima, o atacante Bruno Lopes e os meio-campistas Juninho, Davi Ceará, David e Erick.

Ao comentar o trabalho feito no colorado, Jair avaliou como positivo e disse que o clube é ‘extremamente viável’, defendendo uma administração ‘diferente’. “Se não fosse a implicância de alguns diretores com a minha vinda para o Vila Nova, o time poderia ter arrecado só no Brasileiro em torno de R$ 6 milhões”, disse, citando a valorização de alguns atletas durante a competição.

Ele reconheceu que não é unanimidade na cúpula diretiva do clube, mas garantiu que há conselheiros que aprovam o seu trabalho.

“Contra mim tem um que é muito forte que é o Carlos Alberto Barros (ex-presidente). Acho que ele tinha que ter um pouco de tranquilidade, conversar com as pessoas que trabalharam comigo pra desfazer esse mal entendido. É um contra que vale por 100. Mas tem muitos conselheiros que aprovam o meu trabalho e sabem que todos os jogadores que nós trouxemos deram certo”, finalizou.