(Foto: Reprodução)

A Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional aprovou o valor de R$ 3,8 bilhões para o Fundo Especial para Financiamento de Campanha em 2020, conhecido como fundo eleitoral. Ele integra o Orçamento Geral da União (OGU) e é abastecido somente com dinheiro público.

O professor e consultor em marketing político, Marcelo Vitorino, em entrevista à Sagres 730 nesta segunda-feira (9) disse que o aumento do fundo eleitoral é preciso e que qualquer eleição, em qualquer lugar do mundo, tem um custo. “Qualquer democracia estabilizada demanda um processo eleitoral estabelecido com regras”, explicou o professor.

Marcelo Vitorino pontuou que está na hora da sociedade olhar a questão política sem pensar que tudo é “corrupção” e que tudo tem “custo alto”. “Na verdade não é, a democracia realmente tem um custo e o modelo contrário ao democrático é um modelo ditatorial, que eu acho que ninguém quer”, disse.

O governo havia proposto R$ 2,5 bilhões para o fundo. Depois, revisou o valor para R$ 2 bilhões. Na última semana, o relator do Orçamento, Domingos Neto (PSD-CE), propôs aumentar para R$ 3,8 bilhões. Na eleição de 2018, o fundo eleitoral contou com R$ 1,7 bilhão, foram eleitos presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Na eleição de 2020, serão eleitos prefeitos e vereadores.

Questionado sobre o valor ter quase dobrado, o professor detalhou que há um aumento de candidatos nas eleições municipais e que isso justifica o aumento. “A última eleição em 2018 eram eleições gerais, algo próximo de 60 mil candidatos. Na próxima eleição, são eleições municipais, o número de candidatos é de aproximadamente 500 mil, ou seja, você tem um volume muito maior de candidatos nas eleições municipais, isso justifica o aumento do fundo e o porque teve que quase dobrar o valor”, explicou. 

Marcelo Vitorino pontuou à Sagres que o risco de não usar recursos públicos para o Fundo Eleitoral é de não saber a origem do dinheiro. Segundo ele, havia um financiamento corporativo, porém as regras eram consideradas corrupção. “Tirou as corporações, as campanhas continuam custando dinheiro, não tem como negar e o dinheiro vai ter que vir de algum lugar”.

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