Na história de 78 anos do Goiás, a campanha na Copa Sulamericana em 2010 deixou suas. O título na final contra o Independiente, da Argentina, não veio, mas o envolvimento da galera com o time, que ao mesmo tempo estava mal no Campeonato Brasileiro, foi o que chamou a atenção.
Na oportunidade, Artur Neto era o técnico do Goiás. A chegada da equipe no primeiro jogo da final contra o Independiente, no Serra Dourada, quando o Verdão venceu por 2 a 0, é uma das principais lembranças do treinador. “Na primeira partida da decisão, quando na chegada a torcida abraçou o ônibus do clube, aquela imagem nos passou muita confiança, que se transformou dentro do jogo, com uma grande vitória”, lembra Artur.
De fato, o dia 2 de dezembro de 2010 entrou para a história como um dos grandes capítulos da galera esmeraldina com o time. Cerca de 35 mil pagantes lotaram o Serra Dourada e empurraram o Goiás, que em campo contava com Rafael Moura e Otacílio Neto, que marcaram os gols naquela noite. A escalação, tinha: Harlei; Rafael Toloi, Ernando e Marcão; Douglas, Carlos Alberto, Amaral, Marcelo Costa e Wellington Saci; Otacílio Neto e Rafael Moura. Dias depois, o título escaparia em Avellaneda, na grande Buenos Aires, após derrota por 3 a 1 no tempo normal, depois nas penalidades por 5 a 3, com o atacante Felipe desperdiçando a cobrança.
“Começou o jogo, tivemos um momento de instabilidade, mas depois fomos melhores. Fizemos dois gols que foram anulados. Sempre treinávamos pênaltis na véspera das partidas e chegamos muito bem preparados, mas infelizmente aconteceu de um jogador, que era um dos principais cobradores e que já tinha sido o principal, não ter sido feliz naquele momento. Jogadores lutaram muito”, ressalta Artur Neto, que quase 11 anos depois, não se arrepende nas atitudes tomadas até aquele decisão.

“O que poderia ser feito, fizemos. Chegamos com antecedência, no preparamos bem. Houveram problemas enormes que tivemos que enfrentar lá, desde não ter como fazer o reconhecimento do gramado, até a manifestação da torcida adversária a noite inteira na frente do hotel, mas mesmo assim superamos isso tudo. Sinceramente, eu diria que jogaram aqueles que deveriam jogar. Não houve em nenhum momento falta de luta ou de vontade. Houve sim, um prejuízo de arbitragem, é inegável isso. A consciência ficou tranquila, o que era possível foi feito”.