37 rodadas e 48 pontos depois, o Vila Nova enfim conseguiu assegurar a sua presença na próxima temporada da Série B. Com uma vitória por 2 a 1 sobre o Londrina no estádio Onésio Brasileiro Alvarenga, em Goiânia, o time colorado garantiu de forma matemática a sua permanência na segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Fato que serviu de pauta para os comentaristas da Sagres no Super Debate desta sexta-feira (19).

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Para Carlos Eduardo Tim, a permanência do Vila Nova na Série B tardou “principalmente porque demorou a achar um técnico que conseguisse crescer dentro da competição. Se pegarmos o primeiro turno, o Vila virou com 19 pontos, uma pontuação muito baixa e com alto risco de rebaixamento naquele momento. Começou com o Wagner Lopes, que não conseguiu jogar bem, depois tentou o Hemerson Maria, que ficou muito pouco tempo, também não deu certo e ainda saiu deixando uma polêmica gigantesca”.

“Então veio a luz, que foi o trabalho do Higo Magalhães: conseguiu ajustar o time dentro de campo com que esse mesmo elenco, com uma ou outra contratação. A diretoria apostou no Higo e deu muito certo: se o Vila tivesse feito um primeiro turno melhor, poderia ter aspirado algo melhor dentro da competição, mas a permanência, pelo que a diretoria falou desde o início, já foi uma grande vitória. Demorou porque o primeiro turno foi muito ruim”, completou o comentarista.

Evandro Gomes ponderou que o time “termina nesse instante em uma posição honrosa. Para quem fez aquele primeiro turno e reagir como reagiu no segundo, ganhando mais da metade dos pontos, o Vila Nova cumpriu bem o seu papel que foi estabelecido pela diretoria e planejado pelo presidente, que era permanecer. O Vila Nova fez uma campanha de susto agora no final, pelo excessivo número de empates e os tropeços que levou dentro de casa, mas termina de uma forma honrosa”.

José Carlos Lopes, por outro lado, lamentou o fato de que “primeiro que é mais um ano que o Vila passa na Série B sem lutar pelo acesso. Agora, o primeiro turno foi muito mal feito. É muito difícil virar o returno assim, mas virou bem. Vejo que se tivesse feito um campeonato mais equilibrado no primeiro turno, poderia ter disputado o acesso. Mas, pelo que se propôs, ficou bom a permanência para o ano que vem”.

Por sua vez, Charlie Pereira lembrou que “o Hemerson Maria deixou o Vila depois do jogo contra o Botafogo, que foi o primeiro jogo do returno, e o Vila tem, nesse momento, 29 pontos no returno, a mesma pontuação que o Botafogo conseguiu, que está com uma mão no título da Série B. Ou seja, foi outro time no segundo turno. Mas também é preciso avaliar que o Vila errou muito nas contratações e na montagem do elenco. O Higo teve que arrumar o carro com ele em movimento, e foi extremamente competente nisso. A permanência do Vila passa muito pelo trabalho do técnico Higo Magalhães”.

O campeonato do Vila Nova, de acordo com Cleber Ferreira, “foi dentro do que a diretoria programou. Também lamento muito o primeiro turno, mas acho que não tinha como ser diferente. A diretoria tentava acertar e ajustar o time, trocando o pneu do carro com ele em movimento, e quando conseguiu ajustar, esse ajuste veio muito mais em função daquela reunião dos jogadores do que da iniciativa da diretoria.

Na visão do comentarista, a diretoria vilanovense “errou em manter o Wagner Lopes após o Campeonato Goiano e quando trouxe Hemerson Maria, um técnico completamente ultrapassado e fora de norma para uma Série B. O Higo tinha a confiança dos jogadores e a competência para realizar o trabalho, então a partir do momento em que passou a falar como técnico efetivo as coisas mudaram. Para mim não ficou aquém: planejou isso ficar na Série B, e ficou. É uma conquista e o torcedor está comemorando com razão”.