O Hospital de Urgências de Goiânia, HUGO, tem média de atendimento, durante os fins de semana, 30% maior que a capacidade, segundo a Organização Social Gerir, que é a responsável pela unidade. Nesta situação, ambulâncias que chegam com pacientes da Capital e de todo o Estado, ficam presas, já que o atendimento emergencial é feito nas macas dos próprios veículos.
Neste domingo, oito ambulâncias chegaram a ficar paralisadas no HUGO ao mesmo tempo. Cinco de Goiânia e outras de Aparecida de Goiânia, Senador Canedo e Catalão. Em momentos de superlotação, que são comuns em fins de semana, o Hospital não tem espaço ou macas suficientes para atender a demanda e os veículos só são liberados depois que a maca volta.
O diretor técnico do SAMU em Goiânia, Nicola Bertolini, explica que a falta de ambulâncias nas ruas pode prejudicar o atendimento a pessoas em casos de grave risco, mas que felizmente, neste caso, o sistema não foi prejudicado. “A ambulância não pode sair do hospital sem o equipamento. Sem a maca, o SAMU pode fazer apenas o atendimento e não remoção do paciente. A maca faz parte dos equipamentos da ambulância. Se o veículo estiver presa atrapalha o atendimento, porém não houve paciente que deixou de ser atendido em virtude disso, mas é um risco,” diz.
Já o coordenador do departamento médico do HUGO, Antônio Francisco Guise, frisa que o problema de paralisação de ambulâncias na unidade já aconteceu outras vezes. Segundo ele, a solução tem sido buscada, mas depende da descentralização do atendimento em saúde. “Não vou dizer que aconteceu apenas esta vez, pois já aconteceu outras vezes. Mas nós, em parceria com o SAMU sempre tentamos resolver isso da forma mais rápida possível. Essa madrugada, infelizmente, houve um movimento muito acima da demanda, então deu esse tipo de problema,” comenta.
De acordo com ele este não é um problema apenas de Goiânia, mas de todo o Brasil. O coordenador conta que existe várias portaria do Ministério da Saúde visando melhorar o atendimento, por meio de um programa chamado SOS Emergência.
Neste domingo (14), oito ambulâncias ficaram paradas no HUGO por conta da superlotação do hospital. O SAMU conta apenas com 17 veículos e pouco mais de 70 médicos para atender toda a cidade de Goiânia.