Ana Cristina Brasil da Silva enfrentará júri popular nesta quarta-feira (7). Ela é acusada de ter mandado o sobrinho João Marcos matar o próprio marido Jucimar dos Santos da Silva para receber o seguro  de vida, que estava no nome dela e da filha. A sessão terá início às 8h30, no 1º tribunal do Júri da comarca de Goiânia, presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara.

Segundo denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), no dia 6 de agosto de 2015, por volta das 19 horas, João Marcos foi até a casa de Jucimar e o convidou para sair de moto. Ao chegarem em um local sem iluminação, João Marcos desceu da moto e pediu para o tio empurrá-la porque teria acabado a gasolina. Neste momento, ele sacou a arma e efetuou disparos atingindo-o nas costas. A vítima foi levada para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Uma das testemunhas, o policial militar Edson Rodrigues dos Santos, afirmou, em audiência, que foi acionado por populares para prestar socorro à vítima e relatou que, antes de morrer, Jucimar falou com detalhes de como o sobrinho e sua esposa tramaram sua morte. O depoente ressaltou ainda que, no dia do fato, estranhou bastante a conduta de Ana Cristina, que não demonstrou nenhuma reação ao saber da morte do marido.

O acusado João Marcos confessou ter efetuado os tiros contra a vítima. Já Ana Cristina atribuiu a autoria do crime ao sobrinho e nega ter mandado matar o marido. Os dois estão presos de forma provisória até o julgamento. 

O crime

Conforme o inquérito policial, Ana Cristina Brasil, de 36 anos, mulher da vítima; o irmão dela, Nédio Brasil, de 44 anos; e o filho dele, João Marcos Brasil, de 20 anos, são suspeitos de matar Jucimar com o intuito de ficar com valores referentes a seguros de vida, totalizando cerca de R$ 120 mil.

De acordo com as investigações, Ana Cristina, casada com Jucimar há seis anos, planejou a morte do marido, com ajuda do irmão. Eles teriam prometido a João Marcos R$ 20 mil pelo “serviço”. Desse total, R$ 5 mil chegaram a ser repassados ao executor.

O sobrinho teria chamado o tio para resolver um problema mecânico em uma motocicleta. Ao darem uma volta no veículo, supostamente para demonstrar o problema, o sobrinho simulou que a moto havia enguiçado. Ele pediu pro tio empurrar a moto e, nesse momento, teria disparado contra a vítima, pelas costas.

O trio confessou o assassinato, mas negou a motivação patrimonial. Na versão deles, o crime foi cometido porque Jucimar era violento e agredia a família. estão sob investigação.