Cileide Alves entrevista os deputados Felipe Rigoni (PSB-ES) e Tabata Amaral (PDT) nos estúdios da Sagres (Foto: Dili Zago/Sagres On) 

Os deputados federais Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES) criticaram em Goiânia a escolha da área de educação pelo governo do presidente Jair Bolsonaro para “travar uma guerra ideológica”. “O governo cria fantasmas e (os) combate com esses fantasmas e tudo que tem de mais importante é ‘tratorado’ no meu do caminho”, disse a deputada. No governo tem quatro grandes áreas que eu chamo de cavaleiros do apocalipse e a educação é uma delas”, disse Rigoni.

Os dois concederam entrevista à Sagres TV nesta quinta-feira (13), quando avaliaram a situação da educação e apontaram os principais problemas da gestão do ministro Abraham Weintrub. Tabata Amaral e Felipe Rigoni chegaram a Goiânia quinta-feira (12) para participar de evento do Movimento Acredito e ficaram até sexta (13).

Os dois participaram da fundação do movimento que, segundo dizem, tem o intuito de proporcionar a formação política da sociedade. “É um movimento suprapartidário, de pessoas comuns, de gente como a gente”, disse Tabata. Além dos dois, o Acredito elegeu também o senador Alessandro Vieira (Cidadania/SE) em 2018. Tabata tem apenas 25 anos e Rigoni é o primeiro deficiente visual a se eleger para a Câmara dos Deputados.

Além de usar a educação para fazer uma guerra ideológica, Rigoni aponta outro problema no setor. “Aquilo que o governo aponta como prioridade (na educação), se você pega o Orçamento (da União) você vê que não é prioridade coisa nenhuma. Por exemplo, o ensino básico e o ensino técnico. Você pega o que foi empenhado e é muito pouco. Até pouco tempo atrás era só 8% para o ensino técnico profissionalizante”, disse Rigoni à TV Sagres.

Os dois deputados foram punidos por seus partidos, o PSB e o PDT, por terem votado favoravelmente à reforma da previdência. Rigoni diz que espera a formalização da decisão para entrar na Justiça eleitoral solicitando autorização para deixar o partido. Pela legislação, o parlamentar não pode mudar, a não ser em algumas situações.

Questionada se deixaria o PDT, Tabata diz que depende do próprio partido, e que a decisão poderá ficar para 2020. “Estou em uma situação um pouquinho mais complexa porque o PDT se recusa a fazer o julgamento. Então eles querem ver os deputados sangrando. Talvez na virada do ano façam esse julgamento. Suspenderam a gente antes de fazer isso, e sem sequer debater o texto que foi votado. Não houve um fechamento de questão sobre o texto que a gente votou”, disse ela em entrevista ao podcast PodFalar. A 56ª edição do PodFalar pode ser conferida neste sábado, 14, a partir das 9h30 na Rádio Sagres 730 AM e também na plataforma Spotify.

Durante a visita ao Sistema Sagres, os deputados cumprimentaram alunos do programa Jovem Aprendiz. Tabata, que deixa sempre claro em seus discursos a necessidade de incentivar jovens e adolescentes a entenderem e praticarem política, incentivou os alunos a montarem grupos de líderes, e promoverem discussões políticas Segundo ela, precisa existir uma provocação para despertar a vontade política.

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Na presença do superintendente da Rede Pró-Aprendiz, Valdinei Valério, Tabata Amaral e Felipe Rigoni conversaram com os jovens aprendizes no Núcleo Seu Jaime (Foto: Dili Zago)

Confira a íntegra da entrevista à Sagres TV

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Dili Zago é estagiária do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com o Iphac e a Faculdade Araguaia, sob supervisão do jornalista Johann Germano.