O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em um ponto percentual, de 11,75% para 12,75%, nesta quinta-feira (5). Em entrevista à Sagres, o economista Anderson de Oliveira analisou os principais efeitos dessa elevação e projetou que até o final do ano, o Brasil deve ter mais um aumento e a Selic poderá chegar em 13,75%. “O Brasileiro deve passar por um momento um pouco complicado por mais um ano e meio”, afirmou.

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Anderson explicou que além da taxa de jutos alta, o Brasil também enfrenta uma inflação de dois dígitos e, por isso, deve sofrer, pois o crédito ficará mais caro. “Quem pretende comprar um apartamento ou uma casa financiada, vai pensar duas vezes, porque a taxa de juros vai impactar na parcela. A pessoa deixa de fazer essa aquisição e isso impacta na receita das empresas”, disse o economista, que explicou que isso deve aumentar o desemprego.

Para o economista, porém, o aumento da taxa Selic é um “remédio, que não surte efeito imediato”, mas pode dar resultados dentro de um ano e meio. “Temos uma previsão que a inflação venha a reduzir com esses aumentos constantes da taxa de juros. Quando isso ocorrer, as coisas devem estabilizar e podemos ter uma retomada, lá pelo final de 2023, 2024”, analisou.

Com esse prazo e a possiblidade de uma retomada, Anderson pediu cautela para os consumidores brasileiros, para que não façam grandes aquisições, que podem virar grandes dívidas. “Está na hora do brasileiro fazer contas, de ser mais austero”, declarou.

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