Em um julgamento realizado no 2º Tribunal do Júri de Goiânia, que durou todo o dia, o tenente-coronel da Polícia Militar (PM) Davi Dantas foi condenado na quarta-feira (27) a 15 anos de prisão pelo homicídio triplamente qualificado do médico ortopedista Marcelo Pacheco de Brito. A defesa anunciou que recorrerá da sentença. O militar aguardará o novo julgamento em liberdade.
Centenas de pessoas acompanharam o julgamento. Familiares e amigos da vítima, policiais militares e estudantes de direito lotaram o plenário.
De acordo com a promotoria, que foi representada por Eudes Bontempo, as provas apontam que Davi Dantas foi o autor do crime. Já a defesa, conduzida por Rodrigo Lustosa, disse que tinha convicção da inocência de seu cliente. Segundo ele, o rastreamento do celular do réu feito pela polícia serviu como álibi.
O médico Marcelo Pacheco foi encontrado morto dentro de seu carro no dia 1º de dezembro de 2004, no estacionamento da Rodoviária de Goiânia. Segundo o Ministério Público, o crime foi cometido por razão passional. O militar teria descoberto que sua esposa, Geórgia Carla Bastos Godinho Dantas, teria mantendo um relacionamento extraconjugal com a vítima.