A prefeitura de Goiânia voltou a realizar as testagens de Covid-19 em massa em janeiro. Já fora três ações e, segundo a diretora de Vigilância Epidemiológica, Grécia Carolina Pessoni, o índice tem aumentado desde o final do ano passado. Em entrevista ao Sinal Aberto nesta sexta-feira (29), a diretora citou que a taxa de positividade passou de 3% em novembro para 12% nesta semana.

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Segundo a diretora, o número de mortes – 18 nas últimas 24 horas – mostra uma tendência de crescimento. além disso, outro parâmetro que confirma a subida do número de casos é a taxa de positividade nas testagens em massa. “A gente tinha em media 15% de positividade quando começamos a fazer os exames, em agosto de 2020, e foi caindo para até 3% novembro. Mas de dezembro pra cá o índice tem aumentado gradativamente. Na primeira semana, a média foi de 9%. Na segunda semana, 11% e na testagem que concluímos ontem esse índice subiu para 12%. Ou seja, aumentou o número de casos positivos e isso mostra que a transmissão tem aumentado”, alertou.

Ouça a entrevista na íntegra:

Vacinação

Mais de 8,7 mil trabalhadores da Saúde em Goiânia já foram vacinados contra Covid-19 e outros 22,5 mil estão agendados até a próxima terça-feira (2/2). São pessoas que trabalham em hospitais públicos, particulares, filantrópicos e unidades de urgência do município de Goiânia que atendem pacientes com Covid-19.

Mais de 50 instituições estão recebendo doses da vacina CoronaVac. Entre os maiores hospitais estão o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), com 3.630 trabalhadores; Hospital das Clínicas (HC), com 3.375; Hospital de Urgências de Goiânia, com 2.227 trabalhadores, e Hospital Materno Infantil (HMI), com 1.750.

Segundo Grécia, a principal estratégia foi fazer vacinação in loco visando atender os profissionais da linha de frente. A ordem dos hospitais foi baseada no número de notificações de Covid-19. “A maioria dos hospitais que mais internam já foi atendida”. Agora, a ação da prefeitura está nas clínicas e pronto socorro que fazem atendimento de Covid-19, mas não tem internações.

As vacinas da AstraZeneca começaram a ser aplicadas na última terça-feira (26) e as doses são exclusivas aos profissionais de saúde. A estratégia da prefeitura da Capital foi destinar os imunizantes para os os trabalhadores da Atenção Primária. “A gente separou para organizar a segunda dose. A gente não quis, nesse primeiro momento, misturar em um mesmo hospital dois tipos de vacinas. A gente já tinha iniciado a Coronavac nos hospitais de internações e optamos por aplicar a AstraZeneca nos trabalhadores de atenção primária para evitar que na segunda dose pudéssemos evitar algum tipo de erro, visto que ainda não há uma interlocução entre as vacinas”.

Todos os idosos que moravam em instituições de longa permanência receberam a primeira dose da Coronavac. A estimativa era de vacinar 180 pessoas, mas 167 receberam as doses. “Ficaram faltando 13 idosos, que podem ter deixado esses locais”, explicou ao citar que a secretaria recebe pedido de vacinação de instituições de internação para idosos que não têm cadastro. “A gente avalia a situação junto à Semas e faz lá a vacinação. Todas as cadastradas receberam as nossas equipes e todos os idosos que estavam lá foram vacinados”.

Até o momento, Goiânia recebeu pouco mais de 52 mil doses de vacinas contra a Covid-19, sendo 30.160 da CoronaVac e 22 mil da AstraZeneca. Essa quantidade é suficiente para vacinar aproximadamente 80% do total de 77 mil trabalhadores da saúde que atuam na capital. Todos que atuam na linha de frente serão contemplados.

Reações

A diretora de Vigilância Epidemiológica explicou que foram identificadas reações leves, comuns a de outras vacinas, como náusea, vômito e dores abdominais. Mas ressaltou que foram sintomas leves e passageiros. “Não identificamos nenhum evento grave”.