A erupção do vulcão de Fogo na Guatemala, em junho, deixou 86% dos afetados sem fontes de renda ou negócios.

Um estudo da Agência da ONU para Migrações, OIM, mostra que 43% das vítimas do desastre ficaram sem terra para atividades agrícolas e 13% pretendem migrar irregularmente.

Mais de 12 mil pessoas tiveram que ser evacuadas quando o vulcão entrou em atividade (Foto: Pnud Guatemala/Fernanda Zelada Rosal)

Medidas

A agência atua com o governo guatemalteco para resolver a situação de emergência que afetou 1,7 mil pessoas. Segundo agências de notícias, o desastre provocou 75 mortos e 200 desaparecidos.

As pesquisas da OIM avaliaram as características dos afetados, além de sugerir medidas para melhorar a assistência nos abrigos e prevenir o tráfico humano.

A agência destaca que 41% dos entrevistados precisam de moradia e 25% de trabalho. Pelo menos 18% dos inquiridos quer terra para agricultura, enquanto 7% carecem de assistência econômica.

Cerca de 9% das pessoas que participaram no estudo revelaram necessidades como treinamento, bolsas de estudo, móveis, suprimentos de saúde entre outros serviços.

Vulnerabilidade

As pesquisas revelam que a segurança e os centros de saúde estão em níveis aceitáveis perto dos abrigos. Mas a OIM destaca haver um certo grau de vulnerabilidade em áreas como água, saneamento, proteção e saúde.

Para responder às demandas das vítimas e melhorar a situação nos abrigos, a agência anunciou que vai gerir um fundo de cerca de US$ 400 mil. O valor foi atribuído pelo Fundo Central de Resposta a Emergências das Nações Unidas, Cerf.

Até o momento, pais, crianças e adolescentes que vivem nesses locais recebem informação para prevenir crimes de violência sexual e tráfico de pessoas. A iniciativa é de um programa regional da OIM desenvolvido com parceiros.

A agência também divulga online  dados, estatísticas e infografias sobre a situação das áreas afetadas online.