Oito milhões e 300 mil reais. Este foi o custo de 5975 internações que o Sistema Único de Saúde teve em Goiás em 2011. Os dados foram apresentados nesta semana pelo governo federal. A intenção é de que a lei seca mais rigorosa possa reduzir os valores gastos. Esse valor leva em conta apenas as internações na rede hospitalar pública, sem considerar os custos dos atendimentos imediatos às vítimas feitas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (SAMU), nas Unidades de Pronto Socorro e Pronto Atendimento e na reabilitação do paciente com consultas, exames, fisioterapias, dentre outros.
O secretário estadual de saúde, Antônio Faleiros, destaca que diminuindo os acidentes, os hospitais estarão mais desafogados. “O que nós estamos querendo é justamente evitar que desague nos nossos hospitais os acidentados. Evitar que se acidente, eu acho que refrear um pouco essa tendência ao aumento que existe por parte dos acidentes, de óbitos e de mutilações de pacientes, então o que nós esperamos e que desafogue as unidades que nós não temos que dar tantos atendimentos. É claro que se porventura necessário for nós temos que estar preparados para isso, mas o que a gente constata é que em todas as enfermarias que nós vamos dos nossos hospitais de urgência, o que mais comporta e o que mais tem é justamente acidentes automobilísticos e especialmente acidente por moto”, salientou.
A maior parte dos acidentes envolvem motociclistas. O período de internação de um motociclista acidentado varia de seis a 118 dias, enquanto que o período de recuperação pós-alta oscila de um a seis meses, podendo chegar a 18 meses nos casos mais graves. 16% das vítimas de acidentes de moto guardam sequelas que as tornam inválidas temporariamente. 5% dessas vítimas tornam-se inválidas permanentes. O secretário de estado da saúde de Goiás, Antônio Faleiros, afirma que é grande o número de motociclistas acidentados que são atendidos em unidades de urgência em Goiás. “Representa hoje no Hugo, por exemplo, os acidentes de moto, 49% de todos os acidentes que chegam ali. Então nós precisamos dar um basta nisso, você não tem apenas a perda de vida, você tem às vezes a sequela que é muito pior. Além da sequela você tem toda a decorrência do acidentado, tem os custos do próprio tratamento do acidente, tem os custos da perda de hora de trabalho por causa daquele cidadão que está acidentado”, informou.
A principal causa dos acidentes de trânsito é a ingestão de bebidas alcóolicas. O titular da delegacia de investigação de crimes de trânsito, Waldir Soares, explica que não há distinção para quem bebe um copo ou uma caixa de cerveja, de toda forma vai colocar em risco vidas que estão no trânsito. “Tomou uma garrafa de cerveja, tomou um copo ou uma caixa, bebeu e dirigiu a pena é a mesma. Só que o mico é maior né, vai dançar gritar, berrar, aparecer na televisão, à pessoa que tomou um copo sem dúvida a situação vai ser menor. Mais isso não impede, a pessoa que é irresponsável pode prender a habilitação dele que ele vai continuar dirigindo”, declarou. (Com informações do Repórter Samuel Straioto)