(Foto: Assessoria/TRF-1)

O desembargador Olindo de Menezes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, concedeu nesta quarta-feira (3) habeas corpus em favor de Rodrigo Godoi Rincon, filho do ex-presidente da Agência Estadual de Obras e Transporte (Agetop), e preso na sexta-feira (28) pela Polícia Federal na Operação Cash Delivery. O desembargador atendeu a um pedido da defesa que recorreu diretamente ao TRF-1.

A decisão do desembargador do TRF-1 foi recebida nesta noite pelo juiz plantonista, Eduardo Pereira, da Justiça Federal em Goiás, que emitiu o alvará de soltura. O documento foi protocolado às 20h48 na Polícia Federal em São Paulo, onde o jovem está detido, para providenciar a soltura.

Na terça-feira, o juiz Rafael Ângelo Slomp, da 11ª Vara da Justiça Federal em Goiás, havia prorrogado por mais cinco dias a prisão temporária de Rodrigo e do empresário
Carlos Alberto Pacheco Júnior, também preso na mesma operação, para dar continuidade as investigações.

A defesa de Rodrigo tinha pedido sua liberdade, porque suas condições de saúde exigiam cuidado. Ele sofre uma cardiopatia e usa um marcapasso. O pedido foi negado pelo juiz, mas acatado pelo desembargador, que não ouviu Rafael Ângelo, como é de praxe.

Na mesma decisão de terça-feira, o juiz Rafael Ângelo converteu em prisão preventiva a prisão temporária de Jayme Rincón, e de seu motorista, o PM, Márcio Garcia de Moura. A prisão dos quatro venceria à meia-noite desta quarta-feira. O juiz concedeu liberdade ao quinto detido pela operação, o advogado Pablo Rodrigo de Oliveira.
A Operação Cash Delivery investiga as delações de quatro ex-executivos da Odebrecht.

Em 2017, eles declaram ao Ministério Público Federal que teriam doado R$ 12 milhões às campanhas do ex-governador Marconi Perillo em 2010 e em 2014. Durante as buscas e apreensões realizadas na sexta-feira, a Polícia Federal encontrou R$ 940 mil na residência do PM Márcio Garcia.