O quadro Se Essa Rua Fosse Minha tem a missão de contar a histórias das principais e mais antigas vias e bairros da Capital. Na edição deste Super Sábado (26), foi a vez do Setor Jardim Nova Esperança.
Localizado na a região Noroeste de Goiânia, Jardim Nova Esperança é atualmente um dos mais populosos da cidade, provavelmente mais dos que os 15,5 mil habitantes, segundo último censo do IBGE.
Na década de 70, um conjunto de moradores ocupou um território onde anteriormente era uma fazenda. No movimento de ocupação, os desalojados montaram barracas de lona para viver. Já casado naquele ano, um ilustre morador, o pedreiro Revalino Junqueira, conversou com a repórter Jordanna Ágatha, da 730, e descreveu como era viver debaixo da tenda.
{mp3}Podcasts/2017/agosto/26/reva_01{/mp3}
Revalino conta ainda o motivo de ter decidido fazer parte do movimento.
{mp3}Podcasts/2017/agosto/26/reva_1.1{/mp3}
Segundo o boletim informativo do movimento de ocupação, a abertura de ruas começou em 1979. Um dos líderes ativistas foi Robinho Martins de Azevedo, que dá nome a um colégio que fica em uma das primeiras ruas do bairro, a Avenida Sol Nascente. O pedreiro relembra como foi a marcação das ruas.
{mp3}Podcasts/2017/agosto/26/reva_02{/mp3}
Com a grande concentração do comércio e transporte coletivo da região, as avenidas Central e Sol Nascente foram as primeiras a serem pavimentadas no bairro. Os pais da professora de Artes, Suelma Cândido, também participaram do movimento. Ela mora no local há 32 anos e relata que, mesmo não tendo mais barradas, várias casas ainda eram de madeira.
{mp3}Podcasts/2017/agosto/26/suelma_01{/mp3}
Atualmente, o Jardim Nova Esperança mostra em suas ruas marcas de crescimento, graças à coragem daqueles que um dia lutaram por um ideal, por uma “nova esperança” em suas vidas: ter onde morar.