O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lembrou, nesta quarta-feira (11), por ocasião do Dia Internacional da Menina, que a cada dez minutos morre no mundo uma menina vítima de violência. A informação é da Agência EFE.

Em 2016, aproximadamente 535 milhões de crianças no mundo todo – uma em cada quatro – viviam em países afetados por conflitos violentos, desastres naturais ou outras emergências. Por isso, o Unicef destacou hoje os desafios que devem enfrentar milhões de meninas antes, durante e após as crises humanitárias.

Três quartos desses menores vivem na África Subsaariana.

Em países como o Sudão do Sul ou a Somália existem “milhões de meninas que continuam com seus direitos básicos negados”. A diretora do Unicef para o Leste e Sul da África, Leila Pakkala, lembra que,  em situações de conflito, as meninas têm 2,5 vezes mais possibilidades de serem retiradas do colégio.

“Em períodos de emergência e crise, a violência sexual afeta desproporcionalmente as meninas, que enfrentam alto risco de abusos, exploração e tráfico de menores”, acrescenta.

No caso do Sudão do Sul, o nível de violência sexual e física contra as meninas se intensificou muito por causa da instabilidade do país. Por isso, o Unicef treinou mais de 350 pessoas sobre como denunciar essas situações, além de criar 16 espaços seguros para mulheres e meninas.

Além disso, a instituição destaca que a grave seca na região do Chifre da África afeta especialmente as meninas, que têm “menos recursos, menos mobilidade e mais dificuldade para acessar redes básicas de informação”.

Na Etiópia, o Unicef concentrou seus esforços em levar água para mais de 2,1 milhões de pessoas atingidas pela seca, com o objetivo de reduzir os riscos a que as crianças ficam expostas, por caminharem longas distâncias em busca de água.

“Quando as meninas recebem melhores serviços, segurança, educação e habilidades, estão em melhor posição para enfrentar conflitos ou desastres naturais”, acrescenta o documento, que pede  “investimento focalizado e colaboração” para “capacitar as meninas”.

Da Agência Brasil via EFE