A Universidade de São Paulo (USP) é a 16ª universidade que mais produz pesquisa no mundo, conforme o ranking do Centro de Estudos em Ciência e Tecnologia (CWTS) da Universidade de Leiden, na Holanda. Divulgada na quarta-feira (3), a classificação avalia a produção acadêmica das instituições e é baseada na base de dados Web of Science, da Clarivate Analytics. A USP caiu quatro posições em relação ao ano anterior.
O ranking atual analisou a produção científica entre 2019 e 2022, englobando 1.506 universidades, 95 a mais do que a edição de 2023. A USP se destaca como a única instituição ibero-americana entre as 130 melhores do mundo. A Universidade de Lisboa ocupa a 133ª posição, enquanto na América do Sul, a Universidade de Buenos Aires está na 448ª posição e a Universidade do Chile na 511ª.
Entre as 38 instituições brasileiras classificadas, destacam-se:
- Universidade Estadual Paulista (Unesp) na 142ª posição;
- Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) na 174ª;
- Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na 243ª.
Indicadores avaliados
O ranking de Leiden avalia as instituições em quatro vertentes:
- Impacto Científico
- Colaboração (interinstitucional, internacional e com a indústria)
- Artigos em Acesso Aberto
- Diversidade de Gênero
No quesito impacto científico, a USP se mantém na 16ª posição. Do total de 20.985 artigos publicados no período, 43,5% estão entre os 50% mais citados mundialmente em suas áreas.
Em relação ao item colaboração, que avalia as parcerias interinstitucionais, internacionais e com a indústria para a produção de artigos, a USP aparece na 13ª colocação.
Acesso aberto
Essa também foi a classificação da Universidade na análise dos artigos publicados na modalidade de acesso aberto, que se refere à disponibilidade e à gratuidade de acesso por qualquer pessoa aos resultados de pesquisas científicas, sendo uma alternativa ao modelo tradicional de publicação que restringe o acesso ao conteúdo por meio de assinaturas pagas.
Outro aspecto avaliado foi o número de artigos publicados por gênero, critério no qual a USP ficou na 3ª posição, atrás da Universidade de Harvard e da Universidade de Toronto. O indicador analisa o número de mulheres autoras de artigos da universidade e sua proporção em relação ao total de autores.
O ranking elaborado pelo CWTS também avalia o impacto científico, o nível de colaboração, o número de artigos publicados na modalidade de acesso aberto e artigos publicados por gênero em cinco áreas do conhecimento: Ciências Biomédicas e da Saúde, Ciências da Terra e da Vida, Matemática e Ciências da Computação, Ciências Físicas e Engenharia e Ciências Sociais e Humanidades. Confira, na tabela a seguir, as posições alcançadas pela USP em cada uma delas.
ÁREA | INDICADORES | CLASSIFICAÇÃO |
---|---|---|
Ciências Biomédicas e da Saúde | Acesso aberto | 25º |
Colaboração | 25º | |
Gênero | 5º | |
Impacto científico | 19º | |
Ciências da Terra e da Vida | Acesso aberto | 2º |
Colaboração | 2º | |
Gênero | 1º | |
Impacto científico | 4º | |
Ciências Físicas e Engenharia | Acesso aberto | 57º |
Colaboração | 57º | |
Gênero | 30º | |
Impacto científico | 61º | |
Ciências Sociais e Humanidades | Acesso aberto | 156º |
Colaboração | 75º | |
Gênero | 156º | |
Impacto científico | 156º | |
Matemática e Ciências da Computação | Acesso aberto | 74º |
Colaboração | 33º | |
Gênero | 74º | |
Impacto científico | 66º |
*Com informações do Jornal da USP
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade
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