Tem início nesta segunda-feira (12), a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza (gripe), realizada simultaneamente em todo o território nacional. A ação visa proteger, em especial, os indivíduos dos grupos considerados mais suscetíveis à doença. Estima-se que nos 46 municípios goianos há mais de 2,4 milhões de pessoas aptas a receberem o imunizante. A meta é vacinar, pelo menos, 90% desse público.
Por recomendação do governo federal, a campanha será realizada em etapas, cada uma relativa a grupos prioritários diferentes. O primeiro público a ser vacinado é o de crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e puérperas (mulheres no período de até 45 dias após o parto), população indígena, e trabalhadores da saúde.
Para este primeiro momento, o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), já distribuiu 245,6 mil doses aos municípios goianos, quantidade suficiente para dar início à vacinação. A partir da chegada de mais vacinas do Ministério da Saúde (MS), que ocorre de forma gradativa, as cidades serão abastecidas.
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Em todo o Estado serão instalados 958 postos fixos para a realização da campanha, que mobiliza cerca de 1,8 mil profissionais. A aplicação da dose é de responsabilidade das prefeituras, que devem organizar os locais e orientar a população quanto ao horário de funcionamento das salas.
A vacina utilizada será a trivalente, que é segura e protege contra os vírus da Influenza A/H1N1, A/H3N2 e B. A detecção de anticorpos protetores se dá entre duas a três semanas após a vacinação e apresenta, geralmente, duração de seis a 12 meses.
A superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, reforça que “a vacinação contra a influenza permitirá prevenir o surgimento de complicações decorrentes da doença, óbitos e suas consequências sobre os serviços de saúde, além de minimizar a carga da doença, reduzindo os sintomas que podem ser confundidos com os da Covid-19.”
Para se vacinar é imprescindível a apresentação do documento pessoal e caderneta de vacinação para as pessoas que integram todos os grupos prioritários. No caso específico das mulheres que tiveram bebê recentemente, elas também deverão apresentar documento que comprove a gestação, como certidão de nascimento do filho ou cartão de gestante.
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Calendário
A segunda fase da vacinação, que tem início em 11 de maio, será direcionada aos idosos com 60 anos ou mais e aos professores. Na terceira e última etapa da campanha, prevista para ocorrer a partir de 9 de junho, serão imunizados os grupos das pessoas que vivem com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (comorbidades), pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário, passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, forças de segurança e salvamento, forças armadas, funcionários do sistema de privação de liberdade, população privada de liberdade e adolescentes, e jovens em medidas socioeducativas.
Covid-19
A vacina contra a gripe pode ser administrada na mesma ocasião de outras doses de rotina do Calendário Nacional de Vacinação e com outros medicamentos. Entretanto, Flúvia Amorim explica que considerando a ausência de estudos de coadministração para a imunização contra gripe e Covid-19, não se recomenda a administração simultânea dos imunizantes.
“Ninguém deve tomar as duas vacinas no mesmo momento, devendo ser respeitado um intervalo mínimo de 14 dias entre as doses da Influenza e Covid-19, independente do laboratório fabricante”, destaca a superintendente.
Caso a pessoa pertença aos grupos prioritários que contemplem as duas vacinas e ainda não tenha sido vacinada com nenhuma delas, o recomendado é que seja priorizada a administração da dose contra a Covid-19 antes da Influenza, agendando a aplicação do imunizante contra a gripe para duas semanas depois.
Para quem estiver com suspeita ou confirmação de infecção pelo coronavírus, o recomendado é adiar a vacinação contra a Influenza. “As pessoas com quadro sugestivo de infecção pela Covid-19 em atividade não devem se vacinar contra a gripe até que se recuperem plenamente ou descartem o diagnóstico”, observa Flúvia Amorim.
Nestes casos, a vacina deve ser adiada até a recuperação clínica total do paciente e por, pelo menos, quatro semanas após o início dos sintomas ou quatro semanas a partir da data de coleta da primeira amostra de exame (RT-PCR) positivo em pessoas assintomáticas.
É importante ressaltar que para a vacinação segura e a redução do risco de disseminação da Covid-19, os municípios foram orientados a adotarem medidas de prevenção e proteção diante do cenário epidemiológico dessa doença, com intuito de vacinar o maior número de pessoas entre o público-alvo e, ao mesmo tempo, evitar aglomerações nos pontos. O uso de máscaras de proteção individual é recomendado a todos que buscarem atendimento nas unidades de saúde ou forem atendidos por ocasião da vacinação.
*Com informações do Governo de Goiás