O vereador petista Felisberto Tavares não se arrepende de ter votado contra seu partido e a base da prefeitura de Goiânia na apreciação da Revisão da Planta de Valores e aumento da cobrança de IPTU. O posicionamento dele foi decisivo para vitória da oposição por 17 a 16 e a derrubada da matéria do governo municipal.

Em entrevista exclusiva à Rádio 730, o parlamentar afirmou que tomaria a mesma decisão de novo, se fosse necessário e que não acredita em punições por parte do Paço ou no Conselho de Ética do PT. “Fiz o PT histórico por estar sempre ao lado da sociedade. A decisão do voto veio por parte da sociedade, o que se alinha com a filosofia do PT de gerir. Somente um dirigente do diretório estadual fez alguns questionamentos, o Humberto Clímaco, mas não quis me adiantar nada”, diz.

Felisberto afirmou ainda que não conversou ainda com Paulo Garcia sobre a votação, mas garante que continua na base de sustentação da prefeitura na Câmara.

Sobre o possível processo contra o vereador no Conselho de Ética do PT, o presidente metropolitano, deputado estadual Luis Cesar Bueno, alega que ainda aguarda uma posição do líder da bancada, Carlos Soares. Segundo ele, o processo ainda não foi aberto. “Enviamos uma solicitação a Carlos Soares pedindo a orientação formal que ele passou à bancada, ou se deixou o voto em aberto. Nosso Código de Ética é muito rígido, mas pressupõe-se também que você, ao orientar o voto, seja feita de forma oficial”, afirma.