A vereadora por Goiânia, Cristina Lopes (PSDB), reafirmou nesta segunda-feira (02), durante entrevista concedida com exclusividade à Rádio 730, que está descontente com a decisão tomada pela cúpula nacional do PSDB, que insiste em apoiar o presidente Michel Temer (PMDB).

Embora as pesquisas divulgadas pelos institutos Datafolha e Ibope, apontem que a maior parte da população rejeita o governo Temer (apenas 3% dos eleitores aprovam o governo), parte da direção nacional do PSDB parece não considerar que a sustentação dada ao presidente seja um fator “radioativo” para as eleições de 2018.

Enquanto base de Temer o PSDB possui quatro ministérios: Relações Exteriores (Aloysio Nunes), Cidades (Bruno Araújo), Direitos Humanos (Luislinda Valois) e Secretaria de Governo (Antonio Imbassahy). Segundo Cristina Lopes, o PSDB cometeu um erro ao não sair da base em prol da manutenção dos cargos. “O PSDB perdeu o rumo da história. O PSDB teve a oportunidade de ser o protagonista de uma nova política e realmente nós perdemos o tempo. Eu continuo defendendo o desembarque da sigla da base”, reforça a vereadora.

No entanto, mesmo sendo abertamente contrária às posições tomadas pelo partido no cenário nacional, a vereadora disse que ainda não sabe se irá para outra legenda em 2018. “O partido justifica que permanece na base para defender as reformas. Também sou a favor de algumas reformas, mas para fazer reformas não é preciso estar na base. Eu estou desencantada porque acredito que houve omissão por parte do partido. Gosto do PSDB, mas estou muito decepcionada”, afirma.

Além disso, durante o diálogo com os jornalistas Cléber Ferreira, Eduardo Horácio e Rubens Salomão, Cristina Lopes também fez uma análise acerca da sessão plenária na qual o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), realizou a prestação de contas referente ao segundo quadrimestre do ano.  De acordo com a vereadora, no que tange à área da Saúde, o prefeito não soube dizer como as reformas e investimentos serão feitos. “Eu entendo que há anos alguns vícios vêm se repetindo, mas nós não podemos reformar os Cais sem um plano B. Os Cais são unidades importantíssimas e nós estamos trabalhando para que as reformas sejam feitas por etapas. Se o atendimento for totalmente interrompido para fazer essas reformas, para onde essas pessoas que buscam atendimento irão? ”, questiona.

A prestação de contas, que aconteceu no dia 29 de setembro na Câmara, foi marcada por críticas de vários parlamentares à atuação da secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, que estava presente durante a sessão. Em sua maioria, os vereadores reclamaram de uma possível falta de diálogo por parte da secretária. Segundo Cristina Lopes, as críticas deveriam ter sido dirigidas ao prefeito e não somente à Mrué. “Foi deselegante, uma grosseria. Até porque, meus colegas sabem que quem manda é o prefeito. O ataque deveria ser direcionado ao prefeito e não à secretária”, destaca.

Acompanhe a entrevista completa:

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