De acordo com o último censo populacional (Censo 2010), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em Goiânia vivem mais mulheres que homens.
No total, são 60 mil pessoas a mais do gênero feminino em comparação com o gênero masculino. Mas estes dados são completamente opostos na Câmara Municipal. Dos 35 vereadores eleitos na última eleição, apenas cinco são mulheres, o que corresponde a 14% dos parlamentares goianienses.
A vereadora Priscilla Tejota (PSD) destaca que o desafio inicia antes mesmo de vencer a disputa eleitoral. “São muitos desafios e o primeiro é ser eleita. E, segundo, quando eleita, o desafio é conseguir levantar projetos em defesa da mulher. Não é um trabalho fácil”.
Colega de Tejota na Câmara Municipal, a vereadora Sabrina Garcêz (PMB) ressalta que o primeiro desafio na Casa é ser tratada de forma igual aos homens. “Infelizmente nós vemos a todo momento que os homens tentam se sobrepor às mulheres. As mulheres são muito mais interrompidas em discussões no ambiente de trabalho. Até no nosso discurso, na nossa própria fala, muitas vezes somos violentadas pelos homens”.
Sabrina Garcêz ressalta ainda que sofreu preconceito no início da carreira por ser mulher e jovem. “No início fui vítima de preconceito por ser mulher e jovem, ao assumir o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Houve muita desconfiança dos colegas e da imprensa e acredito que por ser mulher, visto que o Lucas Kitão também é jovem e advogado como eu, assumiu a presidência da Comissão Mista e ninguém falou nada”, assevera.
Com informações do repórter Gerliézer Paulo
Confira a reportagem na íntegra:
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