Desde o início da pandemia do novo coronavírus, boa parte das escolas públicas e particulares estão fechadas. Preocupadas com a situação das crianças sem aulas e com a saúde dos professores em caso de reabertura, um grupo de vereadoras espalhadas pelo brasil estudam para elaborar um documento com uma reivindicação ao Ministério da Saúde (MS), solicitando que os professores sejam grupo prioritário na vacinação.

Em entrevista ao Sagres Sinal Aberto, a vereadora por Goiânia, Aava Santiago, participante do  grupo, contou que a mobilização deve se tornar nacional em breve, já que teve início há três dias e já conta com vereadores de seis estados. O objetivo é ter, pelo menos, 20 estados participando. “Toda vereadora, todo vereador conhece um deputado estadual e um deputado federal e tem acesso a essas pessoas. Então, aí deixa de ser uma mobilização local e passa a ser uma mobilização nacional”.

A vereadora explica que considera a questão as voltas às aulas como o problema mais complexo do Brasil, porque vê um cenário de reabertura de vários setores, enquanto as escolas seguem fechadas. Aava lamenta, pois acredita que a recuperação do tempo parado em 2020, não será recuperado em 2021. “Não existe um colapso de um ano, que você recupera em um ano”, afirmou.

Aava ainda conta que a reivindicação é planejada pela Frente de Mulheres Eleitas porque “o chão de fábrica da educação é tocado por mulheres”. Ela detalha que a maioria das profissionais da educação são mulheres, geralmente com comorbidades. Neste caso, a vereadora não se refere apenas aos professores, mas a todos os funcionários que trabalham em uma escola.

A vereadora conta que reuniões estão sendo realizadas, com professores e mães de alunos, para que haja um consenso para um dilema tão complexo.  Ela crítica a demora do Governo Federal em relação à divulgação de dados que esclareçam qual seria o grau de contágio dentro de uma sala de aula, o que facilitaria o retorno ou reforçaria a necessidade de imunização dos profissionais da educação.

Com uma série de questões que ainda precisam de respostas, Aava diz que não voltar, pode não ser uma opção e que a vacina, com prioridade para os professores, “agiliza o processo e garante uma volta segura”.

Ouça a entrevista na íntegra: