Os vereadores Cristina Lopes (PL) e o líder do prefeito, Wellington Peixoto (DEM), defenderam em entrevista à Sagres 730 nesta sexta-feira (10) a votação do Plano Diretor ainda neste ano. Recomendação assinada pelos titulares das quatro promotorias de Justiça com atribuição na defesa ambiental e urbanística em Goiânia defende a suspensão do processo de revisão do Plano Diretor da capital enquanto durar o estado de emergência e calamidade sanitária por conta da pandemia.

Assinam a recomendação, os promotores Alice de Almeida Freire (7ª Promotoria), Maurício Nardini (8ª Promotoria), Juliano de Barros Araújo (15ª Promotoria) e Marcelo Fernandes de Melo (81ª Promotoria). Os integrantes do MP-GO ponderam que a manutenção do processo de revisão pela Câmara, nos moldes em que está sendo feito, poderia comprometer a necessária e exigida participação da sociedade no debate.

Na entrevista à Sagres, Cristina Lopes e Wellington Peixoto alegaram que as audiências virtuais mobilizaram mais pessoas do que as audiências presenciais ocorridas durante os dois anos de debate do projeto na prefeitura de Goiânia.

“Primeiro é uma recomendação, não é uma imposição. Talvez o Ministério Público não tenha olhado para o todo, eu como relatora dentro da CCJ do Plano Diretor, eu promovi 13 audiências públicas sendo oito delas fora da Câmara. Tivemos o cuidado de visitar todos os locais que geraram alguma dúvida e também os locais que foram destinados aos polos tecnológico e industrial”, disse Cristina Lopes. “Além de sessões de audiências públicas que foram promovidas pela própria equipe técnica da Prefeitura. Foi um debate aberto à comunidade, nada parou na pandemia, nós estamos nos adaptando. Eu não vejo motivo para parar essa discussão”.

Wellington Peixoto analisou que o Plano Diretor está sendo discutido desde 2017, e defende que a votação tem que acontecer neste ano. “Foram várias audiências públicas feitas pela Prefeitura, a Câmara fez quatro audiências públicas, ontem eu até questionei na abertura da 2ª audiência pública quantas pessoas tiveram presentes nas audiências públicas da Prefeitura e também da Câmara Municipal, não chegou a 5% da quantidade de pessoas online”, disse. “A participação popular foi muito maior, o alcance foi maior e a discussão está sendo melhor […] Então essa justificativa de que as audiências online não abrange, eu não concordo, respeito a opinião do Ministério Público, mas não concordo”.