Os vereadores de Goiânia tiveram reunião fechada nesta terça-feira (13) e deliberaram sobre questões relacionadas aos gastos da Casa. O encontro foi chamado pelo presidente da Câmara, vereador Clécio Alves (PMDB) e foi a oitava vez neste ano em que os parlamentares conversam de forma isolada.

Foi colocada na discussão a possibilidade de transferência da sede da Câmara, com a construção de um novo prédio. O processo seria burocrático, já que a área ainda não está definida e o custo seria de R$ 60 milhões. A rejeição foi tamanha pelos vereadores, que a transferência sequer foi votada.

A deliberação foi realizada para decidir que tipo de reforma a Câmara deveria fazer em suas instalações. De acordo com o vereador Paulo Magalhães (PV), ele e os petistas Djalma Araújo, Tayrone Di Martino e Felizberto Tavares, além de Pedro Azulão Junior (PSB), votaram contra a proposta de ampla reforma, com custo de R$ 15 milhões. Segundo ele, todos os outros foram favoráveis ao projeto que teria sido apresentado pelo presidente Clécio Alves.

“O presidente propôs a mudança da Casa, orçada em R$ 60 milhões, e a reforma de R$ 15 milhões, que eu achei um absurdo. A Leste Oeste vai ter de passar aqui de qualquer jeito. Alegaram que vão fazer um túnel por baixo e que não vai implicar na reforma do prédio. Mas achamos que o momento é de contenção de despesas. Apenas uma pintura nos gabinetes, uma limpeza e a troca dos computadores e as poltronas”, disse Paulo Magalhães.

O vereador Djalma Araújo também opina de forma contrária ao gasto de R$ 15 milhões com a reforma da Câmara. “Eu defendi uma pequena reforma, móveis para os gabinetes, uma estrutura mínima para a Câmara, para que o vereador possa trabalhar”, defendeu.

Já o presidente Clécio Alves confirma a possibilidade de reforma da Casa, mas não dá detalhes sobre a obra.

“Já é uma realidade diferente, já existe um projeto, feito pela Mesa Diretora anterior, para a ampliação e reforma da Casa. Essa é uma situação real, que pode estar em discussão, mas no momento ainda não tem nenhuma definição se inicia esse processo ou não. Essa decisão tomaremos nos próximos dias”.

A reunião entre vereadores também aprovou o gasto de R$ 4 milhões com serviços de publicidade das ações da Câmara Municipal.