O edital do vestibular do curso de Medicina da Universidade Estadual de Goiás (UEG) deve ser publicado até o final deste ano. A informação é do secretário-chefe Geral da Governadoria, Adriano da Rocha Lima, que, em entrevista à Rádio Sagres 730, garantiu que em 2022 o curso, ofertado em Itumbiara, retoma as atividades com melhorias.

O vestibular havia sido suspenso pelo Conselho Superior Universitário (CSU) da UEG depois que um relatório do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) apontou deficiências no curso. Entre os problemas estava a falta de estrutura adequada, equipamentos e professores. “O governo reconhece as deficiências do curso de medicina de Itumbiara, mas está disposto a atuar e investir em um curso de maior qualidade. E isso já está acontecendo”, afirmou o secretário.

Ouça a entrevista na íntegra:

Adriano citou que em 2017, quando o curso foi criado, o governo fez uma parceria com a prefeitura para a construção de um dos laboratórios do curso, mas que por falta de pagamento da prefeitura aos fornecedores, a obra foi interrompida. “O novo prefeito avaliou o contrato e já mandou retomar a obra. Além disso, três professores do cadastro reserva do concurso da universidade foram chamados. Mas isso não é suficiente. Outras medias devem ser tomadas. E acredito que até ano que vem, isso já deva ter sido organizado. Em 2022 a UEG oferta vagas para o curso de medicina”, garantiu.

Adriano afirma que o governo propôs reconstruir e reformar a unidade, que oferece o curso de Medicina, Farmácia e Enfermagem. Os dois últimos cursos não tiveram os vestibulares suspensos. “Queremos colocar uma área de saúde lá de qualidade para que possamos formar bons médicos, bons farmacêuticos e bons enfermeiros”.

Ao citar os investimentos, Adriano citou o orçamento aprovado pela Assembleia Legislativa à UEG. A Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício de 2021 prevê orçamento de R$ 301 milhões para a universidade. O secretário avaliou que o valor está dentro do que a instituição precisa. “A universidade provando a necessidade de um investimento adicional, não será negado”, afirmou.

FIM DA INTERVENÇÃO

A UEG deve escolher até o fim deste semestre o novo reitor. A instituição estava sob intervenção do governo do estado desde 2019,  quando dois reitores renunciaram diante de uma crise administrativa. A unidade passou por reformas administrativa, pedagógica e curricular nesse período.

“A intervenção foi quase que imposta ao governo. Dois reitores renunciaram, a gente tinha denuncias de fraude dentro da universidade, que estava distribuída em 41 campus no estado, mas sem que houvesse uma unidade entre eles. Não era uma universidade. Os cursos não tinham unidade curricular. Fora uma questão legal relacionada aos professores temporários, que estavam com contratos irregulares há muitos anos. E o processo transitado e julgado obrigou o estado a romper o contrato com 1.700 profissionais temporários, entre professores e técnicos”, descreveu Adriano.

O secretário afirmou que hoje, o papel do estado foi feito e que a universidade precisa caminhar por conta própria.