Rebaixado para a Série C do Campeonato Brasileiro, o Vila Nova busca alternativas para obter recursos para a temporada de 2020. Sem receita da televisão, o clube aposta em outras ações para conseguir sanear as dívidas que adquiriu ao longo dos anos. Segundo o presidente Hugo Jorge Bravo a dívida é milionário e uma das opções é a negociação de jogadores.

Além dessas vendas, o Tigre aposta em outras duas frentes de investimento: o patrocínio e a força de sua torcida. O primeiro está sendo bastante utilizado principalmente no uniforme que já conta com um bom número de patrocinadores e tende a aumentar de acordo com o diretor de marketing colorado, Murilo Reis.

“São 14 (patrocínios) e devem entrar mais dois até o final do campeonato. Nossa ideia é trazer recursos para o clube. A gente não tem receita de lugar nenhum esse ano, não temos receita de televisão, e não temos outro jeito de trazer receita e não ser o patrocínio esportivo. Estamos fazendo parcerias também, vai vir uma novidade para semana que vem que vai mexer com o torcedor do Vila Nova e vai aumentar a autoestima do torcedor e ele vai querer abraçar a causa e trazer recurso para o clube”.

Camisa colorada estampa 14 patrocinadores (Foto: Douglas Monteiro/VNFC)

Mesmo não achando a camisa visualmente bonita com essa estratégia de marketing, o dirigente explica que a ação é necessária para diminuir o déficit da instituição.

“Hoje o clube depende desse tipo de receita para sobreviver, as dívidas não param de chegar, cada vez aumenta mais e para sanear o clube tem que trazer receita. Eu também não acho que o uniforme fica bonito pela questão do patrocínio, acho que poderíamos ter muito menos desde que tivéssemos uma boa receita, mas nós não temos então precisamos vender o que a gente tem que hoje é o nosso uniforme para poder expor a marca”, explicou em entrevista à Sagres 730.

Murilo Reis ressaltou também a importância da torcida colorada nessa reestruturação do Vila Nova. Além de apostar na Timemania com o Tigre marcado como time do coração, outra medida é o programa de sócio-torcedor que passa por mudanças e tem como objetivo três mil adesões até o final da temporada.

“Nós estamos passando por uma reestruturação do sócio, mudamos o sistema e estamos com um pouco de dificuldade, não vou mentir para o torcedor. Nós precisamos melhorar neste quesito, estamos fazendo uma reformulação dentro do próprio sócio-torcedor, com um novo diretor para acompanhar mais de perto, com mais bagagem e mais ações. Vamos melhorar nesse aspecto até o final do Campeonato Goiano para já no início do Brasileirão termos a quantidade de sócios que a gente almeja que é de no mínimo três mil até o final do ano para termos uma receita interessante para conseguir sanear o clube”, disse.

Sem divulgar qual o número atual de sócios adimplentes, o diretor destacou se o Vila Nova conseguir o feito inédito que chegar à Serie A, o número mínimo esperado pela diretoria é do triplo da meta estipulada para a terceira divisão nacional que o clube vai disputar em 2020.

“Acho que de 10 mil para cima, não vejo o Vila Nova na Série A com menos de 10 mil torcedores no estádio. Como a torcida do Vila é muito apaixonada, que engaja bastante, se fizer um bom trabalho não só dentro de campo, mas também no ponto de vista do marketing, a gente consegue atingir os 10 mil sócios eles representariam uma excelente receita, um dinheiro que o Vila Nova nunca teve”, analisou Murilo.