A eleição no Vila Nova se aproxima, está marcada para essa quinta-feira, às 19h30, e ao contrário do que muita gente pensa, o candidato Gutemberg Veronez não será aclamado por não ser o único concorrente. O jovem Vinícius Marinari, de 26 anos, é mais um apaixonado pelo Vila e que quer se arriscar como presidente executivo, ainda que garanta não ser o candidato da atual gestão.
“Não, eu sou o candidato da renovação. O que me deixa animado é que a gente vê o Guto e vê a minha pessoa lançando candidaturas e não são pessoas que passaram anos e anos dentro do clube. Eu me considero como candidato da renovação, um nome novo para trabalhar e mudar as coisas dentro do clube”
Vinícius foi convidado do programa Hora do Esporte, da Rádio 730, na última terça-feira e destacou, entre outros pontos, que já tem tudo planejado para “pagar a conta” do Vila em Janeiro, garantido que nada estará atrasado na nova gestão. Apesar de rechaçar o título de “candidato da situação”, Marinari fica feliz por ter o voto de quem dirige o clube atualmente e confirma que irá manter Leonardo Rizzo como diretor de patrimônio.
“Eu fico bastante lisonjeado, não digo o apoio, mas o voto de alguns conselheiros, que é o pessoal da atual gestão, alguns outros que a gente liga e conversa, acreditam que meu nome pode soar bem para o clube, acreditam no meu trabalho. Não só eles, mas outros conselheiros de velha guarda e que não estão na atual gestão. Fico lisonjeado pelas pessoas que são no dia a dia, são grandes empresários, mas isso não quer dizer que eu concordo com o que eles fizeram na administração do clube”
Equipe de trabalho
“Hoje a gente não tem chapa, eu sou candidato a presidente executivo do clube sozinho. Após o pleito, a gente vai sentar, conversar e ver a nossa diretoria que possa trabalhar junto da gente. Tenho algumas conversas iniciadas, o diretor de futebol é nome de consenso no clube, o Hugo Jorge Bravo, rapaz que mostrou competência, muito serviço e acima de tudo, ama o clube”
“Eu penso que a diretoria de patrimônio tem que ter uma continuidade, até porque existe alguns projetos que não conseguimos ser aprovados. Então, o trabalho ser parado de uma hora para outra, eu não concordo, eu acredito na continuidade. Na minha forma de gestão do clube e isso está até no Estatuto, dos recursos que a gente angariar, 15% será para o Patrimônio, porque hoje o diretor trabalha sem recursos. Vai ser o Leonardo Rizzo, já temos conversas”
Orçamento
“A gente já começa o ano perdendo recursos de televisão, a gente está ciente disso e tentando correr atrás de recursos para substituir essa defasagem. Eu tenho um planejamento de gastar R$900 mil no Goiano e R$2,1 milhões na Série C, dando um total de R$3 milhões para 2015, algo em torno de R$250 mil por mês como média anual. Eu quero gastar R$180 mil/mês no Goiano e R$350 mil/mês no Brasileiro, até porque não vou montar um time de verão”
Indignado
“Cometeram um erro no ano passado e não quero que cometam comigo: eu ouvi que sou ‘paraquedista’, e se tem uma coisa que não sou no clube é ‘paraquedista’. Eu estou lá a mais de quatro anos, não preciso do Vila para crescer profissionalmente, nem pessoalmente. Eu tenho uma coisa que dá dignidade ao homem, que é uma família, e a partir do momento que ela me dá respaldo, é inadmissível que alguém me chame de paraquedista”
Bala na agulha
“Tenho (o dinheiro), não vai ter (atraso), até porque nosso planejamento é feito dentro dos limites do Vila Nova, claro que pensando sempre no clube. Já está tudo pensado, a gente sentou, conversou com alguns amigos e conselheiros também. Pra fechar a conta do ano é em torno de R$300 mil. Entra ano e sai ano, o Vila tem ações trabalhistas que atrapalha muito, o dinheiro que se gasta com acertos no TRT poderia ser investido na base ou pro Patrimônio. É tudo falta de administração e gestão”