O empate com o Avaí em 2 a 2 na última terça-feira (6) praticamente tirou o Atlético da briga pela Série A do ano que vem. Sétimo colocado com 52 pontos, o Dragão está a cinco do G4 e não depende mais só de suas forças para conseguir o acesso. Por isso, a equipe rubro-negra já começa a pensar na próxima temporada.

Em entrevista à Rádio Sagres 730 o vice-presidente do Atlético, Adson Batista, revelou já estar planejando o 2019 do time, começando com a renovação do técnico Wagner Lopes, que chegou no último mês tendo um contrato até o final deste ano.

(Foto: Paulo Marcos/Ass ACG)

“A princípio vai continuar (Wagner), esse é o nosso planejamento. O Wagner tem o seu valor, mexeu bem, os jogadores que estavam mal ele organizou. Ele tem o valor dele, a gente vê no dia a dia, é um cara sério. Às vezes, vocês (imprensa), não estão no dia a dia. Eu não mudar de treinador, mas quando ele perde o respeito, a admiração dos jogadores, não tem jeito, tem que mudar. É o desafio do treinador, todo dia renovar seu comando”.

Além do treinador, o dirigente espera contar com boa parte do atual elenco. Apenas Oliveira, Gilvan, Pedro Bambu, Vitinho e Thiago Santos têm vínculo para 2019 e, a partir de agora, o foco é renovar com outros atletas.

“Esse é o nosso grande desafio e nós vamos trabalhar para isso. Já estou conversando há vários dias com boa parte do elenco. Nós estamos conversando. Sei que alguns não vão ficar, mas uma base vai”, revela Adson Batista.

Um jogador que o Atlético não conseguiu “segurar” foi o atacante Júnior Brandão. Vendido ao Ludogorets da Bulgária em agosto, o atleta ainda é o artilheiro do Atlético na Série B com nove gols. Apesar da perda técnica, a venda era inevitável.

“Se eu queria que o Brandão saísse? Não, não sou doido. Jogador encaixado, jogador artilheiro. O problema é que se a gente não vende o Brandão, não iríamos fechar o ano. O Accioly ‘levou’ tudo o que a gente tinha e nos deixou muita dívida e com a venda dele nós saneamos. Hoje nós não temos recursos, mas temos um estádio novo, um centro de treinamento novo e não temos dívida. Pelo lado financeiro foi muito boa, até porque temos uma porcentagem numa venda futura dele, mas a perca técnica é muito grande. É impossível você fazer um ano com seis milhões de reais, então se não tiver uma venda de jogador, a conta não fecha”, ressalta Adson.

O desafio agora será montar um time mais ‘cascudo’. Para Adson Batista, a falta de experiência foi o que pesou para o momentâneo insucesso rubro-negro no campeonato nacional.

“É um campeonato muito pesado, muito difícil, mas tecnicamente você vê que a equipe tem qualidade. O próprio Thiago Santos está jogando com a costela quebrada (…) Mas o principal fator foi o nosso time ser experiente, saber jogar a competição que nós oscilamos muito. Hoje, os pontos primordiais que perdemos aqui em casa contra Juventude e Sampaio Corrêa estão fazendo muita falta. Se nós tivéssemos jogado no ritmo que jogamos contra Avaí, Fortaleza, nós tínhamos ganho os dois jogos e hoje a situação seria outra. Mas futebol não tem ‘se’, temos que ficar com a frustração, com os ensinamentos”.

Após o empate, o Atlético volta à campo no próximo sábado (10) contra o CSA no Estádio Rei Pelé. Mais um jogo complicado contra o vice-líder da Série B e, apesar da situação difícil na briga pelo acesso, o dirigente quer o time jogando com o mesmo espírito. “Enquanto tiver chance, vamos jogar no limite como jogamos contra o Avaí. Nós temos camisa, a entidade, é séria e nós vamos dar continuidade, não tem outra forma de pensar”.