O presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), Paulo Teles, se reuniu na manhã desta terça-feira com as vítimas do Césio 137 para identificar os autores dos processos relacionados ao caso, e agilizar os pedidos de indenização para.

Paulo Teles disse que a proposta do Tribunal é dar uma demanda natural aos processos. Para isso espera a colaboração do governo do Estado e da Polícia Militar. “Algumas pendências estão nas informações da Polícia Militar. O comandante por certo que colocará a disposição do Judiciário esses instrumentos para que as ações possam ter um desenvolvimento maior”, assegurou o presidente do TJ-GO.  

A demora nos processos frustrou Paulo Teles, e por isso a cobrança para que os processos sejam agilizados aumentou. “É com esse propósito, promovendo essa audiência pública, pedindo a colaboração da Procuradoria Geral do Estado, a colaboração da Polícia Militar e de outros órgãos envolvidos na questão é que eu estou buscando uma solução mais rápida, inclusive com conversa ou uma troca de ideia com os juízes responsáveis por esse processo”, comentou ele.

Vítimas acreditam que pedidos serão julgados   

O presidente da Associação das Vítimas do Césio 137, Oderson Alves Ferreira, também participou do encontrou. Segundo ele, há discordância entre os órgãos responsáveis, como a Justiça, o Executivo, e a Comissão Nacional de Energia Nuclear em relação ao tema. “A partir do momento que a pessoa não tem como provar a dosagem de radiação que ela recebeu há 23 anos, então fica difícil até da própria justiça conceder esse benefício”, explicou.  

Ele ressaltou que os pedidos de indenização devem ser julgados em breve, com base em uma nova argumentação das vítimas. “A gente enquanto cidadão, enquanto defensor desse grupo, acredita que existam outros meio de comprovação, outros critérios que podem ser usados. Como por exemplo, o tempo que a pessoa viveu na época do acidente, a época que se morava, qual o endereço dessa pessoa, o endereço de trabalho, o envolvimento que tinha com as vítimas direto”, declarou Oderson.

Segundo ele, cerca 1.600 pessoas têm direito aos benefícios segundo critérios defendidos pela Associação e pelo Ministério Público Estadual.