Revelado pelo Internacional, com passagens de destaque pelo CSKA, da Rússia e Botafogo-RJ, Daniel Carvalho foi anunciado, no começo de 2016, como reforço do Goiás. Sua trajetória no clube alviverde ficou marcada por lesões, um gol marcado, auxílio na conquista do título Goiano e a confiança, por parte da atual comissão técnica, de que seu papel no desenrolar da Série B seria fundamental devido a qualidade do jogador.

No entanto, após o começo do segundo turno do campeonato nacional, o próprio Daniel Carvalho, por meio de uma rede social, anunciou o fim do seu vínculo com o time esmeraldino. Na ocasião, o meio-campista deixou em dúvida até a sequência de sua carreira profissional.

“Psicologicamente já cansei do futebol, não tenho o prazer que tinha no passado. Tudo o que conquistei foi pelo esporte, não me arrependo. Não tenho mais forças para continuar e não me vejo mais como atleta. Estou com projetos na minha cidade, montando duas academias. Uma está para ser inaugurada em um shopping. A outra no meu complexo. Então, quero investir e cuidar das minhas coisas”, declarou Daniel à Rádio 730 na época do anúncio.

A NOVIDADE

Em nota, a diretoria do Verdão informou na época, que o atleta deixaria Goiânia rumo ao Rio Grande do Sul para resolver problemas particulares, prorrogando a assinatura da rescisão contratual que seria concluída após seu retorno. Contudo, quase 45 dias depois, Daniel Carvalho e o Goiás ainda não concluíram o fim do vínculo do atleta com o clube, o que pode ganhar um novo capítulo nos próximos dias.

Com informações do repórter André Rodrigues, o Goiás entende que o jogador precisa se reapresentar ao clube já que ainda possui contrato em vigor. O que na visão do pai e empresário do meia, Albinho Carvalho, isso não será um problema. Ontem, 3, Albinho esteve em Goiânia para dar andamento na rescisão que ainda não foi concluída. Dessa forma, na próxima segunda-feira (7), Daniel Carvalho pode se reapresentar ao time esmeraldino.

A divergência, é que o Goiás alega ter realizado um acerto, por meio de uma rescisão amigável, o que na visão do representante de Daniel e segundo o próprio jogador pode ser chamado também de “demissão”.

“Hoje eu cheguei para treinar normalmente, achei, até então, que estaria nessa viagem contra o Oeste, mas o Gilson me deu a informação de que a diretoria estava optando pela rescisão. Não teve discussão nenhuma, não teve problema nenhum, aceitei tranquilamente”, disse o atleta em setembro após o anúncio do fim de sua trajetória na equipe esmeraldina.

PEDIDO DE DESLIGAMENTO

Apesar de ressaltar que a decisão foi tomada pela diretoria e não por Kleina ou por ele próprio, Daniel revelou que já havia pedido seu desligamento do clube, após a derrota para o Brasil de Pelotas, ainda sob o comando de Léo Condé.

“Numa conversa, depois do jogo do Brasil de Pelotas, eu tinha pedido meu desligamento do clube. Naquela época, o Léo Condé já tinha me passado que não poderia jogar eu e o Léo Lima e que eu teria que aceitar e conviver com a reserva. Eu acho aquilo meio anormal, me desgastou bastante”, contou.