DANIELA ARCANJO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
– O diretório nacional do partido Novo afirmou, em nota, que voto de João Amoêdo em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno “constrange a instituição” e é “lamentável e incoerente”.

O candidato à Presidência, segundo a sigla, “sempre apoiou ditadores e protagonizou os maiores escândalos de corrupção da história”.
“Apoiar aqueles que aparelharam órgãos de Estado, corromperam nossa democracia e saquearam os cofres públicos é fazer oposição ao povo brasileiro”, afirma o partido.

Neste sábado (15), Amôedo, que declarou voto em Jair Bolsonaro (PL) no 2º turno de 2018, afirmou ao Painel S.A. que votaria em Lula no segundo turno destas eleições, embora ainda mantenha críticas ao candidato e seu partido.

“No dia 30, farei algo que nunca imaginei. Contra a reeleição de Jair Bolsonaro, pela primeira vez na vida, digitarei o 13”, afirmou.
A justificativa é que nos últimos quatros anos, “regredimos institucionalmente e como sociedade”.

“A independência dos Poderes foi comprometida. O Legislativo foi cooptado pelo orçamento secreto e as emendas parlamentares”, afirmou o empresário à coluna. “O combate à corrupção foi extinto com a narrativa mentirosa de que ela acabou e com o desmonte da Lava Jato.”

Amôedo foi candidato à Presidência pelo Novo em 2018, partido que ajudou a fundar. Ele também foi presidente da sigla até março de 2020. O cargo hoje é ocupado por Eduardo Ribeiro, que foi às redes criticar o correligionário.

“O PT e o Lula representam tudo o que o nosso partido sempre combateu”, escreveu.

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