Na última terça-feira, o Vila Nova Futebol Clube evitou uma derrota que poderia piorar ainda mais sua situação na tabela de classificação da Série B. Depois de sair atrás do placar contra o CRB, a equipe buscou o empate no Serra Dourada e conseguiu recuperar um ponto, ainda que insuficiente para tirar a equipe da zona de rebaixamento.

Entrevistado de forma exclusiva pelo repórter Rafael Bessa, das Feras do Kajuru, o gerente de futebol Wagner Bueno destacou a importância do ponto obtido. “Acho que você sair perdendo de 2 a 0 contra um CRB que está brigando na parte de cima da tabela e a gente sabendo que precisa vencer, esse empate foi com gosto de vitória. Mas também sabemos que estamos deixando um pouco a desejar, principalmente nesses jogos em casa que temos que procurar vencer para começar a sair dessa situação desagradável que é o rebaixamento”, ressalta.

Experiente, o ex-goleiro e hoje dirigente colorado passou pelo Vila Nova entre 2015 e 2016 e conhece muito bem o ambiente no clube. Criticado nas últimas partidas, na derrota por 2 a 0 para o Botafogo de Ribeirão Preto e no empate em 2 a 2 com o CRB, ambas em Goiânia, Rafael Santos foi alvo da torcida na terça-feira, sendo alvo de vaias quando tocava na bola. Wagner comentou sobre a situação e recordou uma passagem sua pelo clube.

“O Rafael é um jogador experiente, eu falo que em 2015 aconteceu isso comigo também. Eu me lembro muito bem quando joguei contra o Iporá no Serra Dourada na segunda divisão do Campeonato Goiano, e o jogador do Iporá foi muito feliz. Deu um chute de fora da área, acertou lá na gaveta e não tinha nem como eu pegar. A torcida teve essa reação também quando eu pegava na bola, mas tem que usar a nossa experiência e manter a cabeça tranquila, porque se você toma um gol e a torcida começa a pegar no seu pé, se você abalar nada dá certo”, aconselha.

Wagner Bueno – Supervisor Vila Nova (Foto: Douglas Monteiro)

O gerente de futebol vilanovense revela que “conversei com ele, o Laurinho (treinador de goleiros) também, e ele é um jogador experiente, a sabe que o Vila precisa dele, é um bom goleiro e é ter mais tranquilidade. Acho que a gente crucifica muito o goleiro, principalmente quando começa a tomar gol demais, mas se você for olhar ali eu não vejo como falhas do Rafael”. Nos dois gols sofridos contra o CRB, Rafael Santos foi antecipado no primeiro por Léo Ceará, enquanto no segundo a bola desviou em Wesley Matos após chute de Alisson Farias.

De qualquer forma, Wagner Bueno defende a manutenção do goleiro titular. “Claro, não é desmerecendo o Cleriston e nem o Alan, que são dois grandes goleiros, o próprio da base que está junto, o Vitor, mas goleiro é sequência de trabalho, e o Rafael mostrou. Não é o primeiro ano do Rafael no Vila Nova, o ano passado estava brigando lá em cima para subir e esse ano infelizmente pegou essa fase ruim do Vila embaixo, mas ele tem total confiança da gente, da comissão técnica e dos jogadores para continuar no time e ajudar o Vila Nova a sair dessa situação”, frisa.