Hora Walter diz uma coisa, depois diz outra.
Vamos comparar as declarações dadas em Porto Alegre, Goiânia e agora em São Paulo.
Após a derrota para o Grêmio na penúltima rodada do Brasileirão ao ser questionado pela Sportv a respeito do interesse do Corinthians ele disse:
“Sem dúvida (quero ir), quem não quer ir para o Corinthians? Você vai e se joga. É uma grande equipe e onde todo mundo quer jogar – disse o atacante do Goiás sem titubear”.
Após receber a Medalha Pedro Ludovico o jogador em entrevista a PucTV voltou atrás em sua afirmação a respeito do Timão:
“Não vou para o Corinthians, não consigo me acostumar em cidade com muito trânsito, não gosto. Consegui viver em Porto Alegre, no Porto e aqui (Goiânia), mas São Paulo é muito grande, podem ter certeza que eu não vou para lá”.
Ontem após o vexame no Serra Dourada o jogador voltou a falar em permanência na Serrinha para próxima temporada:
“Pode ter certeza: depois dessa vergonha aqui, não vou sair. Não vai acabar hoje, não. É mais um reforço para eu ficar.”
Nesta segunda-feira ao receber com justiça a Bola de Prata da Revista Placar como melhor atacante de 2013, Walter deu outra posição a respeito do assuno:
“Vocês (jornalistas) entenderam errado. Quem é que não fala que o transito daqui é ruim? Todos sabem que é brabo andar aqui em São Paulo. Mas jogaria aqui, sim. Tem muito time grande aqui. Não só o Corinthians, mas São Paulo, Palmeiras… E eu não disse que o trânsito é ruim só para mim”.
Estranho esse comportamento do artilheiro e ídolo do torcedor esmeraldino. Ele precisa seguir uma linha, ter uma posição apenas e ser coerente.
É claro que uma proposta de um gigante como o Corinthians mexe com qualquer jogador, e não é o trânsito o problema.
Também é compreensível o carinho que ele tem com o torcedor do Goiás e não seria nenhuma traição deixar o clube e se transferir para São Paulo.
Walter é um profissional da bola e como todo deve ter os seus objetivos.
Só que precisa alinhar o seu raciocínio para não dar bola fora como vem dando.