Você é o tipo de pessoa que se pergunta para onde o mundo está seguindo com tanta tecnologia? Entre os dias 1 e 4 de novembro, fundadores e CEOs  de empresas de tecnologia, startups, políticos e chefes de estado se reuniram na principal conferência de tecnologia do mundo em torno desta questão. Para onde seguir? foi o tema central da Web Summit 2022 realizada em Lisboa-PT. O evento reuniu mais de 71 mil pessoas de mais de 160 países e apresentou propostas de mais de 2 mil startups que desenvolvem tecnologias.

O público contou com stands, palestras, minicursos e experiências com inovações tecnológicas. A product owner da plataforma Sagres Educa, Ediane Pereira Pinto, participou da conferência com pessoas de várias nacionalidades e afirmou que o Web Summit é um evento que abre a mente das pessoas para inovações que aparecem no mercado.

“É muito interessante ver como as pessoas começam a trabalhar com pequenos temas e criam startups em seus países e estão em vários outros países para resolver problemas usando a tecnologia. É um espaço para ouvir tudo, tentar entender o que está acontecendo no mundo para solucionar os problemas e observar o que as startups estão trazendo de inovação”, disse.

A product owner da plataforma Sagres Educa, Ediane Pereira Pinto (Foto: Arquivo pessoal)

O Sagres Educa é uma solução tecnológica e inovadora de ensino remoto e híbrido que aproxima alunos e professores de forma segura por meio de uma plataforma digital e produção audiovisual. Segundo a product owner da plataforma, os principais assuntos nas palestras, em torno das empresas e nas questões relativas a investimento das startups na conferência foram sobre User Experience, Inteligência Artificial (IA), Metaverso, Blockchain, Criptomoedas e Web 3.0. 

“No caso da educação, todas essas tecnologias podem ser aplicadas. Por exemplo, com o metaverso, teríamos um mundo mais democrático no sentido de dar mais oportunidades para as pessoas vivenciarem experiências que nunca poderiam vivenciar presencialmente. É possível criar um curso no metaverso que as pessoas entram virtualmente e se sentem como se estivessem presencialmente”, contou Pereira.

Metaverso

Imagine que você está virtualmente num game, mas diferente de jogar com um avatar, no metaverso que é uma tecnologia virtual que tenta replicar a realidade pelos meios digitais, mesmo que seja uma simulação de uma sala de treinamento a sensação será como se você estivesse presencialmente dentro do jogo.

“Metaverso é um como se fosse um 3D tão elaborado que você se sente realmente naquele lugar. A inteligência artificial dentro dele é tão avançada que ao entrar na sala é como se você realmente estivesse ali. Então, você vivencia a experiência”, relatou Ediane.

Ediane contou que no metaverso é como se uma pessoa que está no Brasil conversasse com outra que está em Portugal por uma plataforma virtual. Porém, além da conexão de sentidos como visão e audição, as duas pessoas poderiam sentir a presença como se fosse verdade.

“É virtual mas a nossa mente traduz aquilo como verdade. O som, a percepção do ambiente, isso é sentir sensações e foi uma das coisas que mais achei interessante para o universo da educação. Dar oportunidade para pessoas de vários lugares do mundo estarem conectadas e entrarem em experiências que talvez elas nunca poderiam participar ou talvez nunca poderiam estar em um determinado lugar no mundo através do Metaverso é muito interessante”, relatou.

Tecnologia
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Conforme Ediane, metaverso foi a palavra do momento no Web Summit 2022. A tecnologia engloba inteligência artificial, blockchain, web 3.0. “O metaverso traz engajamento e pertencimento. Em todas as palestras que participei sobre isso disseram que é uma tecnologia que veio para ficar, assim como o celular. Como somos dependentes dos celulares hoje em dia, o seremos do metaverso daqui uns anos”, destacou.

A tecnologia blockchain é uma forma de dar mais transparência ao compartilhamento de dados na rede de uma empresa. Blockchain, em tradução livre, significa “corrente de blocos”. Para imaginar como a rede descentralizada funciona, pense nela como um livro-razão virtual (ficha onde são registradas transferências) rodando em diversos computadores espalhados pelo mundo, todos trabalhando ao mesmo tempo.

Já a Web 3.0 é a terceira geração da internet e é baseada na blockchain, com a ideia de descentralizar o controle da base de dados. Além das inovações já em curso no mercado, outro assunto muito falado no Web Summit foi a acessibilidade, que se torna cada vez mais essencial no design dos sistemas.

“A questão da acessibilidade é algo que o Sagres Educa já está trabalhando também , e que é fazer com que o seus sistemas, softwares e aplicativos sejam acessíveis a pessoas com deficiência, pessoas que não conseguem ter uma boa visão ou pessoas que não conseguem escutar”, disse Pereira.   

Sagres Educa

A plataforma do Sagres Educa quer “transportar você para o mundo mágico da educação”. O portal oferece aos professores e estudantes conteúdos de aprendizagem, aulas, desafios, atividades e uma websérie educativa que se passa no Mundo Sete Mares. O programa tem o objetivo de contribuir com o processo de aprendizagem dos estudantes com uma forma divertida de ensinar.

A plataforma já se conecta com um termo muito comentado no Web Summit, o “Human centered approach”, que significa uma abordagem centrada no ser humano e que atende todas as partes interessadas em um produto ofertado. “Grandes oradores falaram sobre ouvir os stakeholders, entender o que eles querem e servir o seu cliente final”, contou Ediane.

Imagem: Reprodução/Sagres Educa

Para a product owner da plataforma Sagres Educa unir metaverso com inteligência artificial e focar cada vez mais em quem usa a plataforma é um caminho inspirador para quem trabalha com educação. 

“É entender o que esses alunos precisam ao usar a nossa plataforma. O nosso objetivo é fazer com que eles aprendam mais, mas como vamos atraí-los para usar o sistema? É só porque a minha professora me manda ou é porque é realmente interessante entrar e aprender aquilo que está sendo ensinado?”, questionou.

Com uma grande oferta de aplicativos e conteúdos nas redes sociais, Ediane acredita que as plataformas de ensino precisam adaptar o que chama atenção dos estudantes para manter a interação com o ensino através do conteúdo digital.

“É muito interessante pensar cada vez mais em desenvolver programas não pensando no que a gente acha que é bom ou no que a gente acha que existe, mas pensar no que o meu cliente final precisa. Saber como atraí-lo para a utilização da plataforma e atingir o meu objetivo que é que eles aprendam e que sejam cada vez mais interativos”, disse.

A geração atual está cada vez mais acostumada com os meios digitais. Celulares, computadores, robôs já fazem parte do cotidiano escolar e pessoal de cada um. Portanto, usar essas novas tecnologia no ensino pode ser o essencial para atingir o objetivo da aprendizagem,

“Às vezes o que atrai eles aos estudos não é escrever em papel, mas um game. Então, se usar realidade virtual, realidade aumentada, metaverso, gamificação, inteligência artificial e aproximar com a segurança da informação”, contou.

Conheça o Farol Sagres Educa:

Web Summit 2022

O Web Summit é um espaço de networking internacional que permite que pessoas e empresas se conectem num mesmo lugar. Além disso, o evento também apresenta discussões sobre como a tecnologia pode ajudar a solucionar os problemas que o mundo enfrenta. 

O presidente de Portugal Marcelo Rebelo de Sousa e o ministro da economia Antonio Costa Silva estiveram no evento e destacaram dois problemas do país: clima e transporte. “São os assuntos que eles mais gostariam que as startups resolvessem, e são temas muito importantes para Portugal e eu creio que para o mundo também. E a gente tem visto uma cúpula das empresas, dos países, uma busca muito grande por trazer startups e inovação para os seus países”, contou Ediane.

A product owner acredita que a tecnologia pode trazer solução para muitos problemas que o mundo está enfrentando e que a inteligência artificial também vai ajudar em várias áreas que precisam de solução.

“Temos vários problemas como sustentabilidade e as pessoas querem resolver, diminuir o uso de recursos como energia, água, lixo, lixo no oceano, diminuir papel com o uso da tecnologia. São inúmeras coisas, mas se a gente pensar a tecnologia é o que vai resolver muitos problemas que tem no mundo e o Web Summit busca tratar disso, de resolver problemas através da tecnologia”, finalizou.

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