O Atlético Goianiense realizou na manhã desta quarta-feira (30) seu último treinamento do ano. Agora, o elenco rubro-negro receberá folga no ano novo e só irá se reapresentar no sábado (2) visando o jogo contra o Vasco da Gama no próximo dia 7 no Estádio Antônio Accioly. O personagem da última entrevista coletiva de 2020 foi o zagueiro Éder.

Contratado no início da temporada após defender o Sport em 2019, o jogador de 25 anos ganhou a titularidade após a chegada do técnico Vágner Mancini na preparação para o Campeonato Brasileiro. Durante o estadual e as primeiras fases da Copa do Brasil, Oliveira e Gilvan eram titulares absolutos.

“Foi surpreendente até para mim (o ano). Cheguei meio desconhecido pela torcida por conta do meu 2019 razoável, não fiz bons jogos no Sport e fiz poucas partidas, então cheguei mais como uma aposta. Mas eu acreditava no meu trabalho, assim como a diretoria. Acho que o segredo foi a paciência e o trabalho, porque quando eu cheguei o Gilvan e o Oliveira eram titulares absolutos e nunca faltei com respeito com eles, estava sempre apoiando, até porque são jogadores que eu gosto bastante. Eu sabia que meu momento iria chegar. Devido a pandemia nós teríamos muitos jogos e como nosso elenco é enxuto, todo mundo iria ter sua oportunidade. Quando eu tive, procurei agarrar para não sair mais”, destacou.

Eleito pelos comentaristas da Sagres como o grande defensor do futebol goiano em 2020, Éder comemorou o ano positivo que teve com a camisa rubro-negra. “Hoje eu posso falar tranquilamente que fiz o melhor ano da minha carreira, com um volume de jogo muito bom, dando qualidade e ajudando da forma como eu poderia”.

O bom desempenho dentro de campo se completa com a adaptação à Goiânia. Todos os fatores fazem o zagueiro almejar um continuidade no Dragão. Mesmo com sondagens ao longo da temporada, garantiu que o desejo é cumprir seu contrato que se encerra apenas em 2022.

“Eu pretendo cumprir meu contrato aqui. É uma cidade que eu gosto, é um clube que eu gosto bastante e minha família se adaptou muito bem. É natural aparecer rumores, propostas, mas tem pessoas capacitadas para resolver isso, tanto o presidente quanto meu agente. Eu deixo nas mãos deles, mas claro que a palavra final é minha. Enquanto isso estou curtindo bastante o Atlético-GO, o clube está vivendo um momento especial. É um clube que sempre vou ter um carinho grande e quem em caso de renovação ou proposta, sempre terá uma preferência por me acolher bem e ter me dado a oportunidade. O Atlético-GO sai um pouco na frente nessa questão geral”, frisou

Com Éder e João Victor de titular e, em algumas oportunidades com Gilvan, o Atlético-GO conseguiu melhorar seus números defensivos com a chegada do técnico Marcelo Cabo. São 32 gols sofridos em 27 rodadas, cerca de 1,1 gol por partida, desempenho que vem ajudando a equipe na tabela já que o ataque tem uma média abaixo do esperado.

“Acho que nosso time tem equilíbrio. Nós tomamos uma goleada do Internacional no primeiro turno e do São Paulo também, mas sempre buscamos achar o equilíbrio dentro da partida e da competição. O equilíbrio é fundamental, tanto defensivo quanto ofensivo, ele dá uma pontuação boa pra gente dentro na competição. Acho que se conseguirmos aumentar essa margem de equilíbrio, tanto para fazer mais gols e tomar menos gols, a nossa posição vai ser melhor ainda na tabela”, analisou Éder.