2024 começa com queda de alertas de desmatamento no Cerrado e Amazônia 

Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) na última semana indicam a queda dos alertas de desmatamento na Amazônia e no Cerrado no mês de janeiro. Segundo o Deter, órgão do INPE que identifica e emite alertas de desmate e de degradação florestal, os alertas de desmatamento estão em tendência de queda nos dois biomas.  

Em janeiro, cerca de 119 km² de vegetação nativa foram perdidos na Amazônia – uma queda de 29% ante o total de 166,5 km² observado em dezembro de 2023. Já no Cerrado, o desmatamento chegou a 295,9 km² no primeiro mês deste ano, uma redução de 33% em relação a janeiro de 2023, quando atingiu 440,5 km². As informações geradas dão suporte a ações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e de outras instituições de fiscalização. 

Desmatamento em queda 

Os dados divulgados pelo Inpe nos últimos meses indicam que, no Cerrado, em particular, já são quatro meses consecutivos de recordes mensais positivos nesse quesito – uma das justificativas para esse registro é o fato de os dois biomas estarem atravessando um período de chuva intensa, que se torna um obstáculo a mais contra o desmatamento. 

Dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes) divulgados em novembro do ano passado, revelaram que foram perdidos 9.001 km² da Floresta Amazônica, de agosto de 2022 a julho de 2023. Isso representa uma redução de 22,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior. No entanto, no Cerrado, no mesmo período, a perda chegou a 11.011,6 km², uma alta de 3%. 

Goiás segue tendência de queda 

Com base nos dados do INPE divulgados no fim de 2023, o Governo de Goiás afirma que no estado a tendência atual é de redução no desmatamento – os números indicavam que a supressão de vegetação nativa caiu 18% no Estado, em 2023, em comparação com 2022. 

 Goiás é o estado que registrou o maior percentual de recuo no desmatamento entre todas as unidades federativas em que ocorre o bioma Cerrado. Na sequência, aparecem o Mato Grosso (-17%), Minas Gerais (-12%) e Piauí (-5%).  

A fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) tem atuado em todo o estado combatendo o desmatamento ilegal. No início de fevereiro a equipe identificou um desmatamento ilegal de 190,2 hectares, com o uso de motosserra sem autorização do órgão ambiental competente e posse de madeira nativa sem documento de comprovação de origem (DOF) em uma fazenda de Pirenópolis acarretando em aplicações de multas que somaram R$325 mil.  

Tocantins comemora números

O Governo do Tocantins, por meio do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), comemorou os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Para o presidente do Naturatins, Renato Jayme, a redução do desmatamento no Cerrado e na Amazônia tem a contribuição das estratégias adotadas pelo estado, portal da Amazônia, que tem o cerrado como principal bioma.  

“Essa redução aponta para o sucesso das estratégias implementadas, indicando que as práticas sustentáveis adotadas pelo Governo do Tocantins estão contribuindo não apenas para a preservação local, mas também para a proteção de um dos biomas mais importantes do país”, comemorou. 

Segundo o gestor, os números refletem ainda o impacto positivo das ações coordenadas entre os estados amazônicos, incluindo o Tocantins, na luta contra o desmatamento na maior floresta tropical do mundo. Entre as medidas adotadas pelo governo estadual está a modernização e o uso de tecnologia no monitoramento e fiscalização além da intensificação ao combate do desmatamento ilegal.  

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o destaque é para o ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima.

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