A direção estadual do MDB marcou para este domingo (04), ainda sem horário e local confirmados, a reunião entre os membros do diretório que deverá ratificar a decisão pelo rompimento com o partido Republicanos em Goiânia e o entrega dos cargos na gestão do prefeito Rogério Cruz.
A tensa conversa por telefone entre o pastor licenciado da Igreja Universal e o presidente da sigla, Daniel Vilela, na última quarta-feira (31), não teve sequência e o relacionamento sequer está em discussão. Para os emedebistas, ficou clara a intenção do prefeito de não contar mais com o partido e, principalmente, deixar no passado as referências e memórias deixadas pelo prefeito eleito em 2020, Maguito Vilela, que morreu no dia 13 de janeiro.
O último golpe, por enquanto, foi a troca de Aristóteles de Paula (conhecido como Toti) na presidência da Comurg para a indicação de empresário e engenheiro de Alagoas, Alex Gama. Antes disso, a decisão pelo desembarque já estava tomada e só falta ser oficializada – o que ocorrerá internamente no partido no domingo e publicamente na segunda-feira (5), como antecipado aqui.
O rompimento, no entanto, se dará apenas em nível partidário, já que a bancada na Câmara continuará com liberdade para manter o suporte à gestão de Rogério Cruz. Mora aí a base do discurso no Paço preparado para a próxima semana.
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Novas indicações
Avaliação entre auxiliares do prefeito é de que, na prática, o MDB não está sendo retirado da estrutura da prefeitura, mas tem apenas peças trocadas. Já que saem os iristas e vilelistas, resultado da gestão anterior de Iris Rezende ou de acertos de cargos com Maguito (no início da campanha) e Daniel Vilela, e entram as indicações (parentes) de vereadores do MDB.
Governabilidade
Sendo assim, o partido continua sendo, em tese, parte da base aliada ao Paço na Câmara Municipal. A alegação deverá ser incluída na retórica do prefeito Rogério Cruz e aliados a partir da oficialização do desembarque emedebista.
Unidade
A entrega de cargos contará com os principais secretários emedebistas que continuam no Paço: Agenor Mariano (Planejamento Urbano e Habitação); Euler Morais (Relações Institucionais); Carlos Júnior (Desenvolvimento e Economia Criativa); Alessandro Melo (Finanças) e o presidente da CMTC (Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo), Murilo Ulhôa.
Ajuda emergencial
O deputado estadual Thiago Albernaz (Solidariedade) apresentou projeto para instituir em Goiás o pagamento de auxílio a profissionais do setor de eventos que tiveram rendimentos afetados em razão da pandemia da covid-19. O texto foi lido em Plenário e passa pela análise na Comissão de Constituição e Justiça.
Crise bate
Albernaz aponta que o setor de eventos, por conta do isolamento social, não teve condições seguras para ser retomado. A proposta prevê atendimento a profissionais cadastrados junto à Secretaria da Cultura (Secult), com auxílio no valor de R$ 1 mil, em duas parcelas de R$500.
Agenda
O ministro da Defesa, Braga Netto, marcou para 28 de abril sua participação em audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos sobre a suposta compra de picanha superfaturada e cerveja para as Forças Armadas. O requerimento aprovado para convocação foi apresentado pelo deputado federal goiano Elias Vaz (PSB).
Pressão certa
A oposição pretende questionar o ministro também sobre a troca no ministério e a tentativa do presidente Jair Bolsonaro de obter influência política entre os militares. Braga Netto teria até 30 dias para comparecer e marcou a audiência para o fim prazo.
Baixar a poeira
Com isso, ele terá mais tempo para deixar esfriar a polêmica em torno da demissão do ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva por Bolsonaro, que levou à demissão também dos três comandantes das Forças Armadas e à maior crise dessas com o Executivo desde 1977.
