(Foto: Reprodução/ Internet)

A greve dos caminhoneiros que se estende por todo o país já dura nove dias. Em Goiás, os reflexos já estão sendo sentidos em várias cidades, que sofrem com dificuldades de recebimento de insumos, medicamentos e combustíveis.

O lado dos caminhoneiros

Com o objetivo de findar a greve, o governo federal cedeu e decidiu congelar por 60 dias a redução do preço do diesel na bomba em R$ 0,46 por litro. Os representantes dos caminhoneiros autônomos não aceitaram o congelamento do diesel por apenas 30 dias, como havia sido inicialmente proposto.

O governo federal concordou ainda em eliminar a cobrança do pedágio dos eixos suspensos dos caminhões em todo o país, além de estabelecer um valor mínimo para o frete rodoviário. Para o presidente do Sindicato dos Transportadores de Cargas Autônomos de Goiás, Vantuir José Rodrigues, a principal reivindicação da categoria é a pauta mínima de frete.

“Nós estamos discutindo essa pauta mínima de frete com o governo há quase seis anos. Na época muita gente ficou contra os caminhoneiros. Os empresários ao invés de brigar por um valor justo pelo frete, brigam por tamanho de caminhão. Isso é inadmissível”, considera.

Ceasa

No que tange ao abastecimento de alimentos da Ceasa, a situação ainda é considerada regular porque a Ceasa trabalha com estoques e câmaras frias. Na Ceasa de Goiás, que é a quinta maior do país, a produção está sendo distribuída para o mercado interno da Capital.

De acordo com o Diretor de Operações Estratégicas e de Mercado da Ceasa, Orlando Kumagai, produtos como batata e cenoura aumentaram de preço porque estão em falta devido à greve.

“Nós registramos uma alta significativa da batata e da cenoura. Também não existe oferta, nesse momento a oferta é insignificante na Ceasa. O normal por dia seriam entrar cerca de 12 caminhões, não está entrando um. Ao invés da cenoura, vamos consumir o xuxu, que está custando R$ 10 a caixa”, resume.

Combustíveis

Como reflexo da greve, em Goiânia há um total de 90% de desabastecimento, conforme dados Sindicatos dos donos de postos do Estado de Goiás (Sindposto). De acordo com o presidente do Sindiposto, Márcio Andrade, 97% dos postos de Goiânia estão sem etanol e outros 65% não têm gasolina. 

“Tem postos que até acabaram o diesel também. Gasolina e álcool estão escassos, nos postos que têm tá tendo fila. No interior a situação ainda é pior, temos cidades com 100% de desabastecimento”, relata.

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