(Foto: Divulgação) 

River Plate e Boca Juniors, os dois gigantes argentinos que decidem a Copa Libertadores no próximo domingo, em Madri, têm estrelas de renome internacional. O Boca Juniors conta com Carlitos Tevez – ídolo no Corinthians, no Manchester City, no United e na Juventus – e Fernando Gago, que esteve cinco temporadas no Real Madrid. O River tem Enzo Pérez – ex-Valencia e Benfica -, além de Franco Armani, goleiro da seleção argentina na Copa do Mundo.

A eles se somam nomes conhecidos do futebol brasileiro, como Ábila, Buffarini e Lucas Pratto, e outros com carreira consolidada na América do Sul, casos de Pinola, Ponzio e Pablo Pérez.

Mas é um jovem de 18 anos que pinta como candidato a surpreender o mundo no duelo do Santiago Bernabéu. Trata-se de Julián Álvarez, o camisa 9 do River Plate.

O jovem é considerado, desde os 11 anos, um fenômeno do futebol argentino. Foi nesta idade que ele foi aprovado em testes nos dois finalistas da Libertadores: Boca e River ficaram encantados com o atacante, que, torcedor do River “de toda la vida” acabou escolhendo o time do coração.

A história de um garoto disputado pelos dois clubes mais poderosos da Argentina correu rápido. Chegou até a Espanha por dois caminhos: na capital Madri, o Real apressou-se para fazer uma proposta; em Barcelona, Jorge Messi – pai e empresário de Lionel Messi – passou a mão no telefone e ligou para a família do garoto, com a ideia de levá-lo para o clube catalão.

Álvarez escolheu o caminho do Real Madrid e chegou a treinar com o time merengue, mas acabou voltando à Argentina por dois motivos: a mudança nas regras de contratações de jogadores estrangeiros menores de idade e a saudade dos pais. O garoto poderia ter insistido na aventura europeia, mas acabou dizendo “não”.

O River abriu as portas para o prodígio, que escalou rapidamente as categorias de base, sempre como destaque e artilheiro por onde passava. Neste ano, foi à Rússia com a delegação da seleção argentina, que costuma levar jovens para participarem dos treinamentos em todos as Copas.

Na volta, com boas referências da comissão técnica albiceleste, ganhou de Marcelo Gallardo uma vaga no time principal do River. De cara, herdou a camisa 9 de Marcelo Larrondo, emprestado para o Defensa y Justicia. Depois, marcou em um amistoso contra o Talleres.

Álvarez jamais disputou um minuto de jogo na Libertadores. O mais próximo disso foi ficar no banco no empate por 2 a 2, em La Bombonera, no jogo de ida de decisão. A estreia como titular aconteceu apenas no último domingo, diante do Gimnasia La Plata.

No Bernabéu, ele pode coroar a ascensão meteórica sendo outra vez titular. Álvarez é um dos favoritos de Gallardo para a posição de Nacho Scocco, que não se recuperou de uma lesão na panturrilha.

Depois de dizer não ao Real Madrid quando ainda era uma criança, Julián Álvarez tem a chance de se apresentar para o mundo do futebol justamente no Santiago Bernabéu.