Caiado e Lissauer Vieira cumprem agenda na Cidade de Goiás nesta quinta-feira (25) (Foto: Samuel Straioto/Sagres On)

O governo espera enviar à Assembleia Legislativa projeto de lei relativo as contrapartidas do Estado para ingresso no Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A reportagem da Sagres apurou que a modelagem ainda não está definida, se todas as contrapartidas exigidas pelo governo federal como vendas de estatais, congelamento de benefícios de servidores, redução de incentivos fiscais, entre outras, serão enviadas em um só pacote, ou se serão diluídas em vários projetos de lei. O presidente da Assembleia Lissauer Vieira explica que aguarda conversa com o governador Ronaldo Caiado.

Caiado havia destacado há poucos dias que pretende conversar com Lissauer Vieira e com outros deputados estaduais. Para o governo, não há outra alternativa para o Estado chegar a um equilíbrio das contas se não ingressar no Regime de Recuperação Fiscal. Medidas como o Plano de Equilíbrio Fiscal (PEF), ou a possibilidade de utilização de recursos do FCO são consideradas paliativas.

O presidente da Assembleia aguarda a oficialização do chamado da conversa para debater com o governo o assunto. Para Lissauer, o RRF é um remédio bem amargo.

“O Regime de Recuperação Fiscal é um remédio bem amargo. Nós estamos abertos ao diálogo com o governo, os outros poderes, mas o Legislativo não pode assumir isso sozinho. Sabemos que o governo tem a preocupação dele. Vamos sentar, pontuar as questões negativas e positivas. É um caminho sem muitas alternativas, precisa ser como a regra que o governo federal manda e determina. Eu acho que ele é bastante duro para a população”, declarou.

Independência

Sobre a postura de Independência por parte de deputados, o presidente do Legislativo disse que deverá continuar após o retorno dos trabalhos. Nestes últimos dias foi destacada a entrada e saída de parlamentares dos grupos de WhatsApp da base. Para ele, isso não significa muita coisa.

“Grupo de WhatsApp não quer dizer nada. É apenas um meio de comunicação. Temos uma forma de conduzir a Casa, e a nossa postura mudou, temos um relacionamento harmonioso. E vamos continuar nessa postura de independência no segundo semestre”, finalizou.