(Foto: Arquivo / Sagres Online)
A Associação Pró-Desenvolvimento de Goiás (Adial), que representa as indústrias com benefícios fiscais, criticou o relatório final apresentado nesta terça-feira (10) pelo deputado estadual Humberto Aidar (MDB) na CPI dos Incentivos Fiscais. “A montanha pariu um rato”, disse o diretor-executivo, Edwal Portilho, conhecido como Tchequinho, em entrevista à Sagres 730 nesta terça-feira (11). “Depois de 12 meses de exposição negativa das empresas, de até submeter empresários empresas a situações constrangedoras, o que se conseguiu foi a montanha parir um rato”, afirmou.
“Alguns números apontados, fórmulas de cálculos que apresentaram para apontar esses indicadores e chegar a esses resultados, não coincidem com a realidade dos cálculos que tem que ser feito”, criticou. “A maioria do relatório leva para o governo estadual uma demanda de mais transparência, maior fiscalização da concessão dos incentivos, isso já ocorre de forma muito rigorosa por três órgãos do Estado: Secretaria de Indústria e Comércio, Goiás Fomento e Secretaria de Economia, por não ter muito conteúdo a ser apresentado, acabaram criando alguns números, que entendemos, que não é a realidade”, completou.
O executivo discorda dos cálculos feitos pela CPI a respeito do custo emprego. O relatório dividiu o custo-emprego em três grupos. No primeiro grupo cada emprego custou anualmente entre R$ 250 mil a R$ 1 milhão, de R$ 20 mil e R$ 83 mil por mês. No segundo grupo, cada emprego custou entre R$ 1 milhão a R$ 10 milhões por ano, entre R$ 83 mil a R$ 833 por mês e, por fim, o terceiro grupo com empregos que custaram R$ 10 milhões por ano, ou seja, cerca de R$ 833 mil mensais.
A Adial discorda desses cálculos e apresenta outros. Segundo a entidade, o custo médio do emprego gerado pelos incentivos fiscais no Estado é de R$ 1,285 mil por mês. Chegou a esse número dividindo os R$ 5,7 bilhões de incentivos por ano pelos 350 mil empregos diretos gerados atualmente pelas indústrias goianas. Já a CPI dividiu o valor a ser incentivado por cada empresa pelo número de empregos que ela se comprometeu a gerar.
“O emprego é pago mensalmente, a memória de cálculo correta é a que nós apontamos do que o Estado dá de desconto em impostos e ICMS, dividido pelo número de empregos gerados. Essa questão do crédito a utilizar dos incentivos, são projeções em que a empresa, como o incentivo fiscal em Goiás é o modelo autofinanciável, ou seja, não é o Estado que coloca dinheiro à frente para indústria fazer suas operações, a indústria gera através da sua produção um volume de impostos a pagar e dentro disso, em torno da metade desses impostos, o governo concede por vias de incentivos fiscais ou para que a empresa tenha competitividade para gerar emprego, renda, lucro e crescer nosso parque Industrial”, analisou. “A conta correta não é o que vai se utilizar até 2040 dividido pelo número de empregos, a empresa gera esse benefício ao longo da sua produção”, concluiu.
Ouça a entrevista na íntegra com o diretor-executivo da Adial, Edwal Portilho
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