Mais de 9 milhões de pessoas estão infectadas pelo novo coronavírus. Também foram registradas 492.767 mortes confirmadas pela doença e cerca de 4 milhões de pessoas estão curadas. Em Moçambique, continente africano, são 816 casos confirmados, 223 recuperados e foram registradas cinco mortes pelo novo coronavírus. Na Ásia, em Tailândia, foram confirmados 3.162 casos de covid, 3.053 recuperados e 58 mortes.
A segunda parte do Debate Super Sábado #198 conversou com pesquisador, epidemiologista molecular, especialista em Zoonoses em Maputo, capital de Moçambique, Osvaldo Frederico Inlamea. Também participou desta edição, o professor de inglês na cidade de Bangkok na Tailândia, Paulo Machado Miranda Filho.
Osvaldo Frederico Inlamea contou que Moçambique já realizou uma faixa de 25 mil testes e a positividade gira em torno de 816. O país, localizado no sul da África, tem cerca de 29,5 milhões de habitantes. O pesquisador Osvaldo, ressaltou que a África do Sul é responsável por quase 70% dos casos de coronavírus no continente. Além disso, a pandemia tem se espalhado com uma aceleração mais acentuada na África, mais que em outros continentes.
O professor Paulo Machado Miranda Filho disse que embora a Tailândia não tenha perdido muitas pessoas para a doença, a população sofre por conta do comércio. “O comércio estrangulou os pequenos empresários e a economia deixou muita gente arrasada”, lembra.
O país fica no Sudeste Asiático e possui 69,43 milhões de habitantes. Segundo Paulo o comércio da Tailândia tem pagado pelo sucesso nas medidas de isolamento social. Ele destaca que o lockdow abalou a economia e conta que várias pessoas, donos de pequenos comércios, perderam tudo.
No país, o comércio ainda não abriu totalmente e tem retomado aos poucos, mas pela situação que Paulo tem acompanhado, muitos empresários não conseguirão retomar as atividades por questão de crise financeira.
Em Moçambique, Osvaldo conta que as autoridades têm buscado um equilíbrio entre o impacto na saúde pública e a racionabilidade nas atividades econômicas. “O comércio funciona quase da mesma maneira, mas por restrições os comércios informais têm funcionado com horário restrito”, detalha.
O impacto econômico maior, segundo Osvaldo, é nos trabalhadores que não tem trabalho formal, como os que vivem da agricultura e pequenos comércios. Além disso, grandes empresas já reduziram salários de funcionários e promoveram demissões.
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