O presidente regional do MDB e coordenador da Comissão de Transição na prefeitura de Goiânia, Daniel Vilela, avaliou em entrevista à Coluna como deverá ser tratada a problemática do transporte coletivo em Goiânia já em janeiro, no início da gestão do pai, o prefeito eleito Maguito Vilela (MDB).
Tanto empresas concessionárias do serviço quanto a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) apontam para colapso no atual sistema de financiamento na Região Metropolitana e a situação se soma ao prejuízo acumulado neste ano de 2020, em que custos se sobrepuseram à receita, diminuída pela queda no número de passageiros.
O valor aproximado do prejuízo das empresas é de R$ 90 milhões e diferentes propostas foram apresentadas por empresas e governo estadual para dividir a conta entre o estado e as prefeituras de Goiânia e Aparecida de Goiânia. Para Daniel Vilela, o subsídio deve ser considerado já em janeiro, desde que seja acompanhado por uma rediscussão total do sistema de transporte.
“É óbvio que a próxima gestão vai ter que enfrentar esse desafio do transporte que chegou numa situação de colapso, especialmente potencializado pela pandemia, e essa discussão vai ter que ser iniciada no dia 1º de janeiro”, afirma. “É uma discussão de um novo sistema, né? Com a participação do governo e todos os integrantes da região metropolitana”, antecipa.
Propostas
Diante do valor apurado entre R$ 85 milhões e R$ 90 milhões de prejuízo das empresas de transporte em 2020, depois da primeira proposta apresentada pelas empresas, a CMTC sugeriu que a divisão se dê com 40% do valor pago pelo governo estadual e as prefeituras de Goiânia e Aparecida arquem com 30% cada.
Possibilidade
O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (MDB), considera a discussão de alternativas para um novo sistema de transporte coletivo, mas reforça que as prefeituras teriam dificuldades para assumir novos subsídios. “Temos que pensar alternativas, mas todos os municípios enfrentam dificuldade, por conta da pandemia, com queda de receita”, afirma.
Pressa
Além da agilidade na Assembleia Legislativa, o governador Ronaldo Caiado (DEM) já sancionou os projetos aprovados pelos deputados, inclusive a regulamentação da reforma da previdência. A intenção é agilizar os processos em busca de adesão ao regime de Recuperação Fiscal até antes do fim da liminar do STF, que suspende pagamentos de dívidas, no dia 31 de dezembro.
Espaços
Enquanto a cautela define a explícita disputa pela presidência da Câmara Municipal, tem esquentado entre vereadores eleitos a articulação para ocupação de espaços cruciais na Casa, como as presidências da Comissão Mista e da Comissão de Constituição e Justiça.
Pauta específica
Neste processo, tem se destacado o nome do ex-secretário Municipal de Planejamento, Henrique Alves (MDB), para o comando da Comissão Mista. Intenção é que o vereador coordene a tramitação do Plano Diretor na próxima legislatura, depois de ter elaborado o texto da revisão enquanto estava na prefeitura.
Pedido
Depois da valorização da parceria no início da pandemia, em que o Ministério Público trabalhou junto a prefeituras para manter as medidas de isolamento social, agora o governador Ronaldo Caiado pediu ao procurador-geral de Justiça, Aylton Vechi, que promotores “não se prestassem a querer entender de saúde pública nessa hora”.
Tem mais!
Caiado ainda contou em live nas redes sociais que sugeriu ao PGJ que “deixasse isso para quem entende do assunto”. A reclamação tem origem em pedido do MP para que leitos ociosos de Covid-19 sejam destinados a cirurgias eletivas. Para o governador, “isso já bagunçou um pouco”, em referência à possível determinação para utilização dos leitos.