Mesmo com a recondução do secretário de Governo, Ernesto Roller, e do líder da base, Bruno Peixoto (MDB), às funções de articulação política do governador Ronaldo Caiado (DEM), a base aliada na Assembleia Legislativa não retomará os trabalhos, na próxima semana, com maioria confortável.
O número buscado é de ao menos 26 dos 41 deputados, para margem mínima além do número necessário para a aprovação de Propostas de Emendas à Constituição Estadual (PEC), que é de 25. No entanto, governistas ouvidos pela Coluna apontam que, na prática, a base segue com 23 parlamentares considerados “fiéis”.
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Expectativa entre os deputados caiadistas é de que o número será suficiente, já que o ano de 2021 deverá exigir menos votações polêmicas, depois da aprovação, nos primeiros dois anos do mandato, de matérias como os requisitos para adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e reformas da previdência e do estatuto dos servidores públicos.
Além disso, as emendas parlamentares, agora impositivas, dão mais independência aos parlamentares, o que dificulta a consolidação de base com até 31 deputados, como ocorria em governos anteriores.

Realidade
Ao menos em teoria, Roller e Peixoto retornam à articulação política do governo com mais poder e cacifados pelo Palácio das Esmeraldas. As circunstâncias e aproximação do ano eleitoral, no entanto, ainda não apresentam realidade diferente para a base governista, em comparação com 2020.
Avanço
O secretário de Governo participou ativamente das conversas que resultaram na retomada de maioria aliada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), depois de um ano com número menor de deputados. Agora, dos 11 membros, oito, são governistas.
Ao mercado!
A reunião de acionistas da Companhia Celg de Participações (CelgPar), controlada pelo governo estadual, aprovou a privatização da Celg Geração e Transmissão (Celg GT). A empresa é avaliada em R $1,5 bilhão. A venda se dará por meio de leilão especial na bolsa de valores (B3, antiga Bovespa), em São Paulo, o que deve ocorrer ainda no primeiro semestre.
Crescimento
O Democratas, partido do governador Ronaldo Caiado (DEM), efetivou a filiação de três prefeitos nesta quinta-feira (11). Foram eles: Fred Vidigal (PTB), de Rialma; Zé Antônio (PL), de Guarinos; e Carlinhos do Mangão (PL), de Novo Gama.
Comparação
O partido palaciano já tinha o maior número de gestores municipais no resultado das eleições de 2020, com a vitória de 62 filiados. Agora são 65 prefeitos democratas. O segundo maior partido é o PP (32), seguido por MDB (29) e PSDB (22).