O feriado de Carnaval foi suspenso, excepcionalmente, neste ano de 2021, em função da pandemia da Covid-19. Diante da situação, as lojas podem abrir na segunda e na terça-feira de carnaval, porém sem convocar os funcionários. Em entrevista ao Sagres Sinal Aberto, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas), Eduardo Gomes, explicou o que deve ser feito.
“As lojas podem ficar abertas com o empresário. O dono da loja, essas pequenas lojas, os pequenos comércios, que são empresas familiares, que tem ali a esposa, o filho, desde que não sejam registrados em carteira, elas podem abrir sim, desde que cumpram a legislação municipal com relação aos horários de abertura que o município permite. Então, ele [empresário] só não pode convocar empregados nos dias de segunda (15) e terça-feira (16)”.
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Eduardo explicou que o Sindilojas tentou negociar essa questão com o Sindicato dos empregados no Comércio do Estado (Seceg), com o envio de ofícios, explicando que, segundo ele, há uma necessidade por causa da pandemia. “Pela necessidade dos empresários recuperarem a economia de suas empresas, pelo emprego, por um pouco mais de faturamento para os seus empregados”, declarou.
O presidente contou que em um dos ofícios enviados, foi sugerido ao Seceg que os dois dias de folga no Carnaval pudessem ser trocados, posteriormente, conforme negociação entre empresário e empregado, mas não houve êxito. “Entendemos que poderia, realmente, haver um pouco mais de sensibilidade do Seceg”, lamentou.
Em relação aos shoppings da capital a não abertura já havia sido decidida, exceto pela área de alimentação, que geralmente continua aberta nessa época do ano. Já os supermercados, por trabalharem com produtos essenciais, abrirão normalmente. Os atacadistas têm normas diferentes e, por isso, devem fechar na segunda-feira (15) e abrir na terça-feira (16), com autonomia para decidirem sobre o funcionamento.
Eduardo Gomes ainda afirmou que há mais discussões em relação à abertura das lojas durante os outros feriados. O presidente explicou que 25 de dezembro (Natal), 1º de janeiro (Confraternização Universal) e 1º de maio (Dia do Trabalhador) são as únicas datas em que não é possível negociar. “Em 2021, de 11 feriados, nove deles cairão em dia de semana, então vai ser interessante, realmente, poder negociar esses feriados para que o comércio possa abrir”.