O presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB) em Goiás, deputado federal Elias Vaz, confirma que a ausência do DEM na chapa de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é único critério para que o partido avance no diálogo para aliança com a base do governador Ronaldo Caiado (DEM), na eleição de 2022. Elias responde à exigência repetida pelo presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira, que ameaça deixar a legenda, caso o caminho não seja de apoio à reeleição de Caiado no próximo ano.
Lissauer é pré-candidato a deputado federal com base estruturada na Região Sudoeste do Estado, o que gera interesse de outros partidos com os quais o deputado estadual adianta conversas, como PSD e DEM. Elias Vaz considera o peso de Lissauer e define: “Uma coisa é certa: o PSB não caminha com nenhum partido que for dar sustentação à reeleição do presidente Bolsonaro”, afirma.
“Nós vamos abrir diálogo com o PT, PCdoB e com o governo também. Não tem problema conversar e todo mundo sabe que o presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Lissauer, que é um grande amigo, defende claramente o apoio à reeleição do Ronaldo Caiado. Nós temos que levar isso em consideração e vamos conversar bastante”, considera o presidente do PSB.
Ouça a coluna Sagres em Off:
Possibilidade aberta
Elias Vaz considera possibilidade em que, mesmo Caiado se mantendo bolsonarista, a aliança entre DEM e PSB em Goiás seja viável. Tudo depende do caminho a ser tomado pela direção nacional do DEM, que não define apoio à reeleição do presidente e tem diálogo aberto com PSDB, PSD e partidos do Centro, para construção de alternativa.

Nada certo
“Essa situação do DEM a nível nacional não está definida. Apesar do DEM ter ministérios, tem muita gente no partido aí que tem uma postura diferente, com manifestações que não caminham necessariamente numa reprodução da gestão do Bolsonaro”, considera Elias Vaz.
Universidade
O Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg) realizou nesta semana debate online entre as duas candidatas que disputam a eleição para a reitoria da UFG. A conversa está disponível no canal do sindicato no youtube e se baseou em perguntas de internautas.
Assunto
O reitor, Edward Madureira, já foi reeleito e apoia a chapa UFG Viva, encabeçada por Sandramara Chaves, que disputa contra a chapa “Movimenta UFG”, com Maria Fioravantis ao cargo de reitora. O debate foi pautado, principalmente, por perguntas sobre propostas de ambas diante dos constantes cortes sofridos no orçamento desde o início do governo Bolsonaro.
Ao páreo
Depois de sumiço após o anúncio do desembarque da gestão de Rogério Cruz (Republicanos) em Goiânia, no início de abril, o presidente do MDB, Daniel Vilela, retomou articulações políticas nas últimas duas semanas, com movimentos pelo interior do estado. Ainda sem definição do caminho para 2022, intenção é de buscar estrutura para candidatura própria do partido ao governo.
Estadual
Além de Daniel, o MDB conta com o reforço do prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, que também passou a incluir na agenda reuniões pelo estado. Teve visitas no entorno do DF, na semana passada, e ontem com vereadores de Anápolis.
Indicação
Mendanha tem iniciado trabalho para se posicionar para disputa majoritária em 2022. Apesar das citações para que dispute o governo contra Ronaldo Caiado, o prefeito tem preferência por buscar vaga no Senado, como antecipado pela Sagre Em Off, ainda em outubro de 2020.
Até o fim
A decisão pela aposentadoria do conselheiro Nilo Resende, do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), não causou recuo por parte do presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSB), que mantém apoio à PEC que propõe a extinção do órgão.
Desmobilização
A avaliação entre deputados da base governista, no entanto, é que a abertura de vaga no TCM gera retomada da articulação pela à indicação de Humberto Aidar (MDB) à vaga, o que deve desmobilizar a união de 26 deputados que assinaram a PEC. Sem maioria clara, o autor, Henrique Arantes (MDB), deve retirar o texto.