A temporada de 1999 não é menos importante para o torcedor vilanovense. Embora no final do ano o time pouco pode comemorar com a permanência na Série B, este foi ano mais inesquecível do clássico entre Vila Nova e Goiás, pelo lado colorado. Depois de estarem perdendo por 3 a 0, com um jogador a menos, os vilanovenses viraram para 5 a 3.

O atacante Luciano Santos Gonçalves, revelado pelo Vila Nova, é um dos artilheiros da história colorada, e autor do último gol da vitória por 5 a 3. Ele concedeu uma entrevista ao repórter Vinicius Tondolo e afirmou que é um clássico que movimenta todo o Estado de Goiás.

“Na véspera o jogador fica sempre ansioso para conseguir bons resultados. Foi um clássico que vivi dentro de campo, hoje vivo fora, mas a expectativa como torcedor também é da mesma maneira. Torcedor sofre mais que o jogador, porque fica mais ansioso, e só pode torcer. O Vila não está tão bem na classificação, mas quando chega ao clássico, tudo pode acontecer, espero que faça uma boa partida e que consiga a vitória e subir na tabela”, relata.

Questionado porque o Vila Nova tem tanta dificuldade em vencer o time esmeraldino, o jogador declarou que o Goiás tem uma estrutura que o fez ganhar mais vezes, mas o Vila tem feito uma estrutura comparada com a do Goiás.

“Nós cansávamos mais, e trabalhávamos menos, e o Goiás já tinha menos tempo, só que com mais qualidade, e para decidir uma partida, isso fazia uma diferença. Eu joguei no Vila e depois no Goiás e percebi a diferença das condições de trabalho que existiam”, justifica.

Para ele, falta no Vila confiança, e uma boa sequência para conseguir vitórias no clássico, e assim ficar equiparado ao Goiás. Contra o Barueri, ele acha que faltou mais atitude e pegada do elenco, e concorda que o treinador Hélio dos Anjos e o Diretor Sizenando Ferro devem cobrar mais do grupo.

Ele apontou os jogadores Roni, Paulo César, e Luiz Fernando que podem definir a partida para o time colorado.

Sobre a virada de 5 a 3 em cima do Goiás, Luciano Santos deixa sua opinião: “Aquele jogo foi inesquecível, e valeu mais do que um título. Foi uma virada histórica, e eu ter feito um gol naquele jogo é importante porque fica na história”.

“Eu sinceramente não tinha visto o Fernandão engatinhando porque tinha levado um tiro, como se fosse o Tigrão, só fui ver no outro dia. Ele pensou que tinha matado o Tigrão, mas não tinha, e conseguimos uma virada que ficou marcada para todo mundo”, relembra.