O técnico Hélio dos Anjos realizou nesta quinta-feira mais um trabalho tático na preparação para o duelo contra o Botafogo. A principal preocupação é impedir e bloquear a velocidade dos trio Renato-Maicosuel-Elkesson que tem carregado o time carioca dentro do G-4 e mantendo o sonho de mais um título nacional para o futebol do Rio de Janeiro.
Pituca, Marino, Ernandes e Bida formarão o meio-campo atleticano neste jogo de domingo. Uma nova formação para um setor que será fundamental para o sucesso do time goiano. Eu vejo este o jogo como um dos piores desta temporada. Não só pela qualidade do adversário. Mas pelas opções que o Hélio tem em mãos.
Será o grande teste do elenco rubro-negro que sofre, agora, como nunca sofreu na temporada com suspensões e lesões. Agenor, Vitor Jr e Anderson estão suspensos. Adriano, Gilson, Anailson, Joilson, Felipe Brisola e Bernardo estão no Departamento Médico. Vale destacar o rendimento do zagueiro que vem reagindo bem ao tratamento e vai se recuperando na metade do tempo previsto.
Paulo Henrique terá a primeira chance como titular no Brasileiro. Não vejo problema de entrosamento já que treina o tempo inteiro com Leonardo e gosto da forma como ele se posiciona. Mas é novidade, n é? O zagueiro tem prestígio junto a diretoria que já manifesta o interesse na permanência do jogador para os próximos anos.
Marino vem se destacando nos treinamentos. Puxar uma conversa com ele é muito complicado. Sempre na dele. Mas dentro das quatro linhas vem chamando a atenção. Não me surpreenderia com uma resposta positiva dele no domingo e uma sequência de jogos no meio de campo.
Este será o grande teste do elenco atleticano e suas opções.
SELEÇÃO BRASILEIRA
Aliado a cobertura da seleção brasileira nesta invenção política denominada “Superclássico das Américas” que vencemos por 2 a 0 com um futebolzinho sem graça e com um adversário sem o brilho, li uma matéria muito interessante na revista Placar sobre o futebol dos dois países.
Ontem foi o dia de romper: “Argentina nem sempre é Argentina”. Sem suas principais estrelas, vimos uma seleção simples. Desanimei só de imaginar como anda o futebol de nossos Hermanos em um período de estagnação econômica. De acordo com a revista, Boca e River Plate recebem cerca de 11 milhões de reais da TV. Cifras um pouco acima daquelas que o Atlético-GO está recebendo pelos direitos de transmissão em seus jogos nesta temporada.
Mais do que nunca Goiás, Vila Nova e Atlético deveriam enviar seus observadores de confiança para acompanhar alguns jogos do Campeonato Argentino e outros torneios sul americanos. As jovens revelações a baixo custo se tornam fonte de esperança para manter a competitividade entre as equipes. Riquelme, no Boca, leva em torno de R$ 216 mil de salários. Ronaldinho leva ao todo R$ 1,3 milhões. Esta é a saída para que comumente ouvimos de CRIATIVIDADE.
Na Zero Hora, jornal de Porto Alegre, desta quinta-feira tem uma reportagem falando sobre a preocupação dos dirigentes do Internacional em reduzir a folha de pagamento que gira em torno dos 6 milhões de reais. O Flamengo lidera este ranking com quase 10 milhões de reais pagos (ou não) de remuneração. Na outra ponta, temos o Atlético-GO com uma folha salarial de R$ 900 mil mensais (jogadores + comissão técnica) que puxa fôlego de todos os alvéolos para conseguir sobreviver a sufocante regulamentação existem em nosso futebol e um Goiás, mesmo com todo o apoio do Clube dos 13 e luvas por ter sido um dos primeiros a assinar com a TV Globo aposta em um promissor treinador com um custo inferior a 50 mil mensais.