Nesta quinta-feira (25), médicos suspenderam por 24 horas o atendimento de 12 planos de saúde. A paralisação faz parte do chamado ‘Dia de Alerta aos Planos de Saúde’. Os médicos deixaram de atender os planos que pagam menos de 60 reais por consulta, ou que descumpriram acordos firmados ou que ainda não negociaram com a classe médica. Apenas atendimentos de urgência e emergência seguiram normalmente.

O presidente do Conselho Regional de Medicina de Goiás (CREMEGO) Salomão Rodrigues, considera baixo o valor pago aos médicos. “É a remuneração que é irrisória aos médicos pelos planos de saúde. E os planos estão buscando melhorias no sentido de estarem mais motivados para este trabalho que é extremamente nobre e com isto melhorar a qualidade de assistência que chega a população. A operadora é um intermediário que recebe daquele que compra o plano de saúde e o organiza e tem a responsabilidade, mas que explora o trabalho do médico”, reclama.

Em Goiás a paralização visou atingir o atendimento eletivo de 850 mil usuários. Outro ponto da manifestação dos médicos, é que os profissionais foram orientados a escolherem um dos doze planos para que se descredenciarem. Dois destes planos atendem um grande número de pessoas. Imas e Ipasgo.

O IMAS informou durante a semana que, desde o início do ano foram iniciadas negociações de dívidas em atraso, com pagamentos já iniciados neste mês. Quanto aos valores pagos pelas consultas médicas, a alegação do IMAS é de que elas  foram reajustadas em 1° de fevereiro, passando de 43 para 50 reais. Já o Ipasgo informou que o órgão passou por problemas financeiros de conhecimento público em 2011, com uma dívida em cerca de 400 milhões de reais. Desde então, passou a pagar em dias as prestações da dívida e também os valores dos serviços atuais. Além disso, tem programado para junho deste ano um reajuste.

O presidente do Cremego reclama da morosidade na negociação com estes dois Institutos.“Essa negociação feita por estes dois planos é muito arrastada, ela está em andamento desde o ano passado e não há uma conclusão, por isto estes planos estão arrolados e nós arrolamos todos aqueles que pagam valor inferior a 60 reais por consulta e que atrasam pagamentos. O Imas por exemplo tem um atraso muito grande”.

Além de IMAS e Ipasgo, os médicos suspenderam atendimentos dos seguintes planos de saúde: Sul América, Fundação Itaú, Gama Saúde, Golden Cross, Promed, Plamed, Caesan, Petrobras, Fassincra e Fusex.