Um dos períodos mais difíceis e conturbados na história do Vila Nova pode ter se encerrado na noite desta quarta-feira,05, com a renúncia dos dirigentes que cometeram verdadeiras atrocidades à frente da instituição.
Ninguém no futebol goiano nega o quanto a torcida Colorada é diferenciada e apaixonada. Isso talvez seja até em função do sofrimento a que ela foi submetida desde 1980 quando o Tigre padeceu de muitas dificuldades internas principalmente pela questão financeira e de ciúmes que acabaram levando o Clube a cair nas mãos de pessoas sem nenhuma credibilidade.
Algumas pessoas sérias como Marcos Fagundes acham que Paulo Diniz é honesto e bem intencionado e quer o bem do Vila Nova. Quanto a ser honesto não posso dizer nada porque não o conheço e portanto, não posso fazer juízo de valores. Contudo, quanto a ser bem intencionado não acredito. Ele brincou com o Vila nos últimos anos colocando lá pessoas sem a menor capacidade de gestão para que ele pudesse ter o controle das coisas como se o Tigre fosse um brinquedo particular.
Diniz pela sua personalidade não é um cara aglutinador. Basta ver a turma que o rodeia. Ultimamente ele estava atritado até com seu grande e velho parceiro Geso Oliveira, que também não ficará no Vila Nova como Diretor de Patrimônio. Ele fritou Sebastião Carlos, assou na frigideira Rodolfo Mota e estava com Martinez no espeto. Só que sua derrota veio de onde ele jamais esperava. A greve de todos os funcionários, impedindo que o time se quer treinasse. Acoado e sem saída não teve outa alternativa a não ser a renúncia.
Todos sabem do prestígio que o Grupo de Leonardo Rizzo tem. Sobretudo pelas pessoas que o apoiam. É inegável a capacidade e seriedade de Newton Ferreira. O zelo de Zé Eduardo. O respeito de Carlos Alberto Barros e a juventude de Décio Caetano, Sizenando Ferro, Pio, Joaz, Paulino dentre outros. Estas pessoas tem condições de a longo prazo dar ao Vila Nova a condição de um dia ser grande como sua torcida.
A primeira coisa que o grupo terá que fazer é curar todas as feridas do Vila Nova pelas humilhações causadas pelos desmandos. Depois fazer um planejamento com foco voltado para as categorias de base. Também focar no patrimônio. E paralelamente montar time competitivo sem fazer loucuras financeiras.
A torcida tem que fazer a parte dela indo aos estádios e comprando os produtos. A imprensa fazer a parte dela cobrando, mas com equilíbrio e sensatez porque o futebol goiano ganha com o Vila bem. O Atletico mesmo com pouca gente e uma torcida muito menor está numa situação muito mais confortável. O Goias é o gigante da região. Cabe ao Vila Nova procurar crescer.