O governo brasileiro apontou três desafios para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30) que será realizada este ano no Brasil: financiamento climático, combustíveis fósseis e metas climáticas. Nenhum desses assuntos será novidade na mais importante reunião anual de líderes globais sobre o clima que será em Belém (PA). Mas são temas que chegarão com destaque pois são centrais para o futuro do mundo.

Os três temas referem-se às negociações que os países farão durante a conferência, sendo todos de extrema relevância. O financiamento climático tem duas questões práticas a serem resolvidas há pelo menos três conferências: o valor do financiamento e de onde virá esse recurso. Atualmente, as negociações acontecem à luz de um estudo apresentado na COP 29, em Baku, no Azerbaijão.

Esse estudo estima a necessidade de levantar US$ 1,3 trilhão até 2035, mas na referida conferência os países acordaram um valor de apenas US$ 300 bilhões. As metas climáticas são o principal meio de medir o avanço dos compromissos do Acordo de Paris. Elas são as NDCs, sigla em inglês para Contribuições Nacionalmente Determinadas, mas apenas 19 dos 195 países que estão no acordo apresentaram suas metas até o momento.

O principal compromisso dos países com as NDCs é justamente a redução das emissões de gases do efeito estufa e ações efetivas de combate às mudanças climáticas. São metas que visam evitar que o aumento da temperatura supere 1,5°C e que são propostas pelos próprios países para serem cumpridas por eles até 2035. 

Como apenas 19 países apresentaram as metas no prazo estabelecido para fevereiro deste ano, a Organização das Nações Unidas (ONU) estendeu o prazo até setembro. O último desafio é diminuir a dependência dos países pelos combustíveis fósseis, tema que foi reforçado por Marina Silva, numa reunião com ministros do Meio Ambiente dos países do Brics.

“No caso dos combustíveis fósseis, fonte de cerca de 75% das emissões globais de gases de efeito estufa, é inadiável desenvolvermos um plano internacional que nos leve de maneira justa e ordenada para o fim da dependência que o mundo ainda tem dessa fonte de geração de energia. Um plano que considere as diferenças entre os países, suas necessidades e dificuldades e que seja justo para todos”, afirmou Marina.

O assunto tratado como urgente se direcionou para a transição energética na COP 28, mas ganhou novos caminhos na COP 29 com os países árabes evitando que ele virasse pauta.

*Com G1

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação Contra a Mudança Global do Clima.

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